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De novo herói, Vitinho pede "fico" de Jesus e diz viver sonhando com vaga

Vitinho - Alexandre Vidal/Flamengo - Alexandre Vidal/Flamengo
Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/07/2020 04h00

Contratado em julho de 2018, o atacante Vitinho chegou ao Flamengo com o peso de liderar um time que batia na trave na hora de atingir grandes conquistas. O jogador sentiu a responsabilidade por ser, até então, o mais caro da história do clube, mas coube a ele justificar o investimento em duas finais seguidas de Carioca.

Assim como em 2019, quando selou a vitória por 2 a 0 sobre o Vasco, coube a ele o papel de protagonista no bicampeonato. Aos 49 minutos da etapa final, o camisa 11 arriscou de fora, a bola resvalou na zaga do Fluminense e carimbou a conquista. Torcedor do Fla desde menino, Vitinho guarda no coração o gol de falta de Petkovic (na final de 2001), mas sabe que suas páginas douradas também estão sendo escritas.

Em meio aos festejos pelo troféu, o atacante não deixou de reconhecer que o gol eterniza ainda mais o seu nome, mas não deixou de comentar sobre o cenário de indefinição que ronda uma possível ida de Jorge Jesus para o Benfica.

"Me sinto honrado de fazer gol de mais uma final. Minha família está toda feliz por eu ter marcado outra página na história do clube. Sobre esse assunto [saída do Mister], eu tento não pensar muito, espero que não aconteça e que ele fique com a gente. Quero que a gente siga nessa linha do ano passado, crescendo cada vez mais para atingirmos mais objetivos e fazer com que o Flamengo cresça cada vez mais. Esse é meu objetivo e vejo que ele é fundamental nessa caminhada", disse ao UOL Esporte.

O atleta tem sido uma opção no banco de reservas, embora seja uma das opções mais frequentes do português. Na atual temporada, ele participou de 14 jogos, somou 490 minutos em campo e marcou uma vez, justamente o gol do título. Se a briga por uma vaga já era difícil em 2019, a tarefa ficou ainda mais árdua este ano. Com as chegadas de Pedro, Pedro Rocha e Michael, a concorrência aumentou e faz o rubro-negro ter de redobrar o trabalho:

"A briga é sadia, todos nós temos muita qualidade. Eu acredito que tenho muita qualidade e posso brigar por uma chance como titular. Vou trabalhar no dia a dia para colocar o mais importante para a equipe sempre na frente. Tenho evoluído e vivo sonhando com essa vaga."

Essa evolução ressaltada por ele foi demonstrada no clássico. Com Rafinha já esgotado por conta de um problema no tornozelo, ele entrou com a incumbência de ocupar a ponta e teve de fazer a ala direita quando o companheiro deixou o campo. Como todo bom aluno, ouviu os conselhos do "professor" e se deu bem.

"Ele me pediu para entrar na ponta, mas tive que fazer a ala para ajudar o Rodrigo Caio depois que o Rafinha sentiu. Era também para ficar atento na bola parada e apoiar com o Everton Ribeiro quando tivesse a chance de ir para o gol pelo lado direito", contou.

O herói rubro-negro cumpriu a tarefa e fez de novo história. Se o Flamengo estiver na decisão pelo tricampeonato, Vitinho espera estar pronto para repetir a dose.