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Se tivesse jogado com Messi, faria 5 gols por partida, diz ex-jogador Milla

Roger Milla (esquerda) foi estrela da seleção de Camarões em três Copas do Mundo - AFP Photo
Roger Milla (esquerda) foi estrela da seleção de Camarões em três Copas do Mundo Imagem: AFP Photo

Do UOL, em Porto Alegre

13/07/2020 08h57

Um dos primeiros jogadores africanos a ganhar destaque mundial, Roger Milla acredita que poderia ter sido ainda maior se jogasse atualmente. Em entrevista ao jornal Sport, ele disse que se atuasse com um colega como Messi, faria cinco gols por partida.

"Se fala muita coisa sobre o Messi, nunca se sabe o que é verdade e o que não é. Sei que ele está entre os melhores e o Barcelona deveria fazer de tudo para ele seguir no time. Se eu tivesse jogado com Messi, faria cinco gols por partida (risos)", disse o antigo atacante.

Milla foi um dos destaques da Copa do Mundo de 1990, levando Camarões até as quartas de final, algo inédito até então para seleções africanas. Já havia disputado a Copa de 1982 e ainda disputou a de 1994, aos 42 anos. Em clubes, atuou basicamente no futebol francês. Pela seleção, conquistou duas vezes a Copa das Nações Africanas, e por clubes duas vezes a Copa da França.

Ainda que rasgue elogios a Messi, Milla não vê comparação com Pelé, que acredita que irá se manter no topo eternamente.

"Rei Pelé é único. Simplesmente porque estava 30 anos adiantado em termos de futebol em relação a seus companheiros de equipe e rivais. O que fez com 17 anos numa Copa do Mundo é extraordinário. Nunca se viu um jogador que tivesse tamanho impacto naquela idade. Graças a ele o Brasil ganhou três Copas do Mundo. É algo inédito", disse.

"O Messi está entre os melhores jogadores da história, mas não gosto de fazer comparações entre jogadores que ocupam posições diferentes do campo ou não jogaram na mesma época. Pelé é único. Para mim, Pelé seguirá sempre sendo o rei do futebol. Nunca existirá jogador de futebol melhor do que ele", completou.

Aposentado dos gramados desde 1996, hoje Milla trabalha como embaixador itinerante da República de Camarões, mantém uma fundação que ajuda os necessitados e participa de jogos beneficentes com a seleção de veteranos de Camarões.

"Hoje em dia, a paixão e a determinação não são as mesmas do meu tempo de jogador. Naquela época se jogava futebol por amor. Foi por isso que joguei tanto tempo. Hoje em dia, o aspecto financeiro é mais importante do que o esportivo para os atletas, o que é uma lástima", finalizou.

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