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Homenagem na pandemia: Jogadores convidam, e médicos do Flu levantam taça

Lucas Merçon/Fluminense FC
Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/07/2020 01h50

Protocolo de jogo seguro, arquibancadas vazias e um pódio diferente na primeira final no Rio de Janeiro em meio à pandemia do novo coronavírus, na noite da última quarta-feira (8). No lugar de dirigentes levantando a Taça Rio após a vitória sobre o Flamengo nos pênaltis, os jogadores do Fluminense chamaram os médicos do clube para receberem o troféu do torneio no pódio montado no gramado do Maracanã.

Ao lado do capitão do Tricolor no jogo, Hudson, e do responsável pela braçadeira antes da pausa por conta da pandemia, Digão, os médicos Douglas Santos e Jorge Lopes ergueram a taça e foram os destaques da agora histórica imagem.

A iniciativa do elenco foi uma homenagem aos responsáveis por protocolo e cuidados na retomada das atividades em meio à pandemia do novo Coronavírus.

Em oposição ao movimento de Flamengo e Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) para a retomada ainda em junho, o Fluminense adotou - desde o início da quarentena - um discurso de cautela e respeito ao isolamento recomendado pelas autoridades médicas. O Tricolor brigou nos bastidores e foi um dos últimos times a voltar com os treinos.

Dificuldades na pandemia e homenagem às vítimas

"É um sentimento de felicidade pela conquista. Mas houve muita coisa errada. E a gente lutou pelo que é certo, desde o início. A gente lutou pela justiça, por preservar a saúde dos nossos profissionais, dos nossos funcionários, dos nossos atletas, mas fico muito feliz porque esses meninos merecem muito", comentou o presidente do clube, Mário Bittencourt, em entrevista após a final.

"Um grupo muito unido, uma família. Lutamos todos juntos nesse momento, entenderam, reconheceram a dificuldade em razão da pandemia. Coroa a gente ter feito certo, coroa a dignidade. Coroa o fato de termos nos preocupado com as vidas das pessoas. Muita gente falou que era um posicionamento político ou algo nesse sentido, mas nunca teve nem terá nada disso", completou o dirigente.

Na sequência, Mário foi interrompido pelo técnico Odair Hellmann, que dedicou o título à torcida do Fluminense e às vítimas de coronavírus. "Parabéns torcedor tricolor. Esse título é para vocês, vocês merecem. Obrigado por todo apoio que deram a esse cara (abraçado ao presidente), ao clube, à comissão, aos jogadores. Esse título é uma homenagem às vítimas, aos familiares que ficaram, esse título é para eles e para o torcedor tricolor que está sempre do nosso lado".

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