Ao não acertar o acordo com a Globo para os direitos de transmissão do time no Campeonato Carioca, o Flamengo deixou de faturar R$ 18 milhões durante a competição, e a decisão de cobrar dos torcedores pela semifinal contra o Volta Redonda, depois abolida pelo clube, causou críticas à diretoria flamenguista. O presidente Rodolfo Landim justificou em entrevista que o Flamengo precisaria arrecadar para manter o time caro que tem.
No podcast Posse de Bola #40, o jornalista Mauro Cezar Pereira chama a atenção para a declaração do dirigente e afirma que o clube estava no seu direito ao recusar o valor oferecido pela emissora, desde que tivesse a garantia de que conseguiria, ao menos igualar, de outra forma no mercado.
"Tem todo o direito de achar pouco, qualquer um tem o direito de falar 'isso para mim é pouco, quero mais', mas quando você acha pouco, significa que eu sei que posso arrecadar mais, eu vou recusar os R$ 18 milhões porque eu sei que vou conseguir mais por outro meio. Não vai conseguir e nem vai chegar perto, 'ah mas teve a pandemia no meio', aí a Globo ofereceu, o UOL publicou isso, inclusive, cerca de R$ 1 milhão por jogo, quatro a seis jogos", afirma Mauro Cezar (disponível no vídeo acima a partir de 31:26).
"Numa entrevista à Fox Sports, no sábado, o presidente do Flamengo falou que tem que arrecadar porque o time é caro. Espera aí, se você tem que arrecadar, como é que abre mão de R$ 18 milhões e não consegue recuperá-los? Que conta maluca é essa? Tem esse detalhe também, que tem muito torcedor que não está entendendo. Quando eu falo que tem que buscar dinheiro, pedindo que os torcedores paguem R$ 10, e lá atrás eu abri mão de R$ 18 milhões. É pouco? Tudo bem, pode achar que é pouco, problema nenhum, mas se você acha pouco, o mercado vai ter que te dar mais. Cadê? Não tem, não conseguiu", completa o jornalista.
Mauro diz ainda que uma decisão como a tomada pela direção do Flamengo ao não aceitar o valor de R$ 18 milhões pelos direitos de transmissão e não conseguir recuperar o valor no mercado é uma ação que não seria tolerada no mundo corporativo.
"Fosse uma empresa, gerida por esses dirigentes do Flamengo, eles no poder ali, como presidente CEO, sei lá o que, e o cara abaixo deles toma essa decisão, abrir mão de R$ 18 milhões e depois fala que vai arrecadar de outra maneira e não consegue, o que aconteceria com esse cara abaixo deles tomando a tal decisão? O que eles fariam?", questiona o jornalista.
"Isso no mundo corporativo que eles tanto amam, qual seria a medida? Esse cara hoje estaria nesses sites online procurando emprego, a chance da demissão de um profissional desses seria muito grande, e de certa forma, justificável, porque ele fez uma escolha totalmente equivocada, que gerou um prejuízo para essa organização, ele abriu mão de uma receita apostando em outra e essa receita não veio", conclui Mauro.
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter). A partir de meio-dia, o Posse de Bola estará disponível nos principais agregadores de podcasts.
Você pode ouvir o Posse de Bola em seu tocador favorito, quando quiser e na hora que quiser. O Posse de Bola está disponível no Spotify e na Apple Podcasts, no Google Podcasts e no Castbox . Basta buscar o nome do programa e dar play no episódio desejado. No caso do Posse de Bola, é possível ainda ouvir via página oficial do UOL e YouTube do UOL. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.
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