Palmeiras e Ceará divergem sobre divisão de possível lucro de Arthur Cabral
A venda de Arthur Cabral ao Basel, da Suíça, trouxe à tona uma divergência entre Palmeiras e Ceará. Os clubes têm visões distintas em relação ao lucro de uma possível venda do atacante no futuro.
Na visão do Palmeiras, o clube alviverde tem direito a 30% de mais-valia, que é o excedente do valor de venda ao Basel. O Ceará, porém, entende que a porcentagem precisa ser dividida de forma igual, assim como aconteceu com os direitos econômicos de Arthur Cabral.
"Como o acerto foi feito com 50% para as partes, essa mais-valia representa uma parcela dos direitos. Essa mais valia foi uma forma de negociar, inclusive, o preço final do atleta. Solicitamos os contratos de empréstimo com opção de compra do atleta. O clube vai seguir todo o procedimento jurídico, se for necessário, para ter os seus direitos garantidos", disse Anacleto Figueiredo, diretor jurídico do Ceará, em contato com a reportagem do UOL Esporte.
Por meio da sua assessoria de imprensa, o Palmeiras reiterou que tem direito ao valor integral da mais-valia. O clube considera uma negociação à parte, posterior à venda ao Basel, com a participação indireta do Ceará em relação aos direitos econômicos.
O Palmeiras pagou R$ 5,5 milhões ao Ceará no fim de 2018. O valor correspondeu a 50% dos direitos econômicos do atacante. Depois de uma temporada com poucas participações, seis partidas e um gol, Arthur foi emprestado ao Basel no fim de agosto do ano passado.
Como o centroavante atingiu a meta de 12 gols, o Basel teve de comprá-lo, como previa uma cláusula do contrato do empréstimo. O valor acertado entre Palmeiras e Basel atingiu 4,4 milhões de euros (R$ 26,2 milhões) por 100% dos direitos econômicos.
O valor, dessa forma, será dividido igualmente por Palmeiras e Ceará. Como mostrou o UOL Esporte, os depósitos serão feitos semestralmente. A primeira prestação, avaliada em 1,1 milhão de euros (R$ 6,6 milhões), tem vencimento em 30 de julho. A segunda tem pagamento previsto para janeiro de 2021. As demais também serão quitadas no próximo ano — julho e dezembro.
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