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Júlio César revela rotina com Ronaldo no Corinthians: "Gostava de apostar"

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

21/06/2020 04h00

A passagem de Ronaldo pelo Corinthians ficou marcada por títulos e muita exposição na imprensa internacional. Contemporâneo do Fenômeno no Timão, o goleiro Júlio César, hoje no Red Bull Bragantino, acompanhou de perto a rotina do astro no Parque São Jorge. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, ele revelou detalhes curiosos da rotina ao lado do Fenômeno, como seu gosto por fazer apostas para incentivar os colegas a melhorar de desempenho.

"Ele aprontava demais. É um cara muito competitivo, tudo o que ele fazia era competição. O que a gente mais fazia com ele, depois de todo treino tinha que ter disputa de pênaltis. Ele tinha três pênaltis para chutar, se a gente pegasse um, ele tinha que dar R$ 50 para gente, se ele fizesse os três a gente tinha que dar R$ 50 para ele. Até nisso era disputa. Você não tinha muita opção de não ir. Então, para você ir e não perder o dinheiro você tinha que pagar os pênaltis", contou Júlio César.

Apesar de o Fenômeno ser famoso por seu poder de finalização, o arqueiro acredita ter tido lucro na hora de apostar com o astro. "Acho que eu ganhei mais. Não juntava só ele também. Aí, vinha mais uma galera na sequência. Todo mundo acabava entrando na brincadeira. A média, sim, era boa. Às vezes, tinha uns que você perdia mais, uns que você ganhava, mas na média eu acho que eu saí no positivo", completou o arqueiro.

Ronaldo foi apresentado no Corinthians em dezembro de 2008. O camisa 9 permaneceu no clube até o início de 2011. Nesse período, ele conquistou o carinho dos colegas e até hoje mantém um laço com a torcida Alvinegra.

"Primeiro de tudo era um prazer, a maior alegria de todo mundo chegar todo o dia lá e conseguir treinar com ele, conversar, brincar, porque ele é um cara bastante acessível. Podíamos ouvir as histórias que ele tinha para contar. Depois, você melhorava muito. Ele pegava eu, o Danilo Fernandes e, às vezes, o Rafael Santos também para que a gente ficasse, depois, com ele, fazendo finalização. Ele falava o que ele não gostava que o goleiro fazia, o que a gente podia fazer para dificultar. Era um cara que além de ele treinar, ajudava a gente a treinar. É um cara totalmente fora de série. O apelido de Fenômeno não é à toa, porque ele é um fenômeno tanto dentro como fora de campo", resumiu o goleiro.

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