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'Desrespeito jogar no Maracanã com hospital ao lado', diz presidente do Flu

Maracanã vazio em Fluminense x Vasco Imagem: Caio Blois/UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/06/2020 22h57

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, acredita que jogar no Maracanã neste momento é um desrespeito, devido à presença de um hospital de campanha ao lado do estádio, para atender pacientes com covid-19.

"Acho que não deveria ser marcado jogo no Maracanã. É um desrespeito ter jogo no Maracanã, que tem um hospital de campanha do lado. Se retornarmos em julho, sob protesto, nós vamos pedir à Federação para jogar no Nilton Santos ou em São Januário. Lá na frente, quando voltar o Brasileiro, talvez a gente tenha que jogar para cumprir um contrato", declarou, em entrevista ao Troca de Passes, do SporTV, hoje.

Bittencourt afirmou que o time não entrará em campo nas datas previstas pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), nos dias 22 e 25 de junho. O mandatário ressaltou que o clube apelará ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para que o Fluminense retorne — sob protesto — apenas no dia 1º de julho.

"Eu perguntei para o presidente da Federação qual era o motivo da pressa, sendo que a gente tem o mês de julho livre. Talvez o Brasileiro volte em agosto. Por que a pressa? A resposta da Federação foi que eles decidiram que vai acabar em junho. (...) Se não houver decisão favorável para jogarmos em julho ou com, no mínimo, dez dias para treinarmos, o Fluminense não entra em campo nos dias 22 e 25. Não existe essa hipótese", continuou.

Bittencourt se disse espantado com a maneira como a decisão pela volta do Campeonato Carioca foi tomada pela Ferj, com apoio da maioria dos clubes.

"Antes da paralisação, antes do jogo contra o Vasco, nossos jogadores e os do Vasco já estavam com medo de entrar em campo por conta da notícia da chegada do coronavírus. Pedi aos atletas para que cumpríssemos aquela rodada.(...) O Fluminense, em nenhum momento, pediu o retorno do futebol. Uma coisa que nos incomoda muito é que a liberação do futebol não veio de maneira espontânea no RJ. Alguns clubes e autoridades pediram a volta enquanto a pandemia avançava de maneira brutal. E não é crível que o futebol retorne às atividades ignorando protocolos mundiais. Em nenhum lugar do mundo, o futebol voltou antes de 40 dias após o pico da pandemia. O Fluminense se mantém contra o retorno do futebol por entender que não há segurança das decisões no estado do RJ", continuou.

O presidente do clube carioca disse ainda que esperava bom senso da Ferj na decisão sobre o retorno do futebol, olhando para os exemplos mundiais, mas que não foi o que viu.

"Sinceramente, a gente não achou que os jogos iam ser marcados. Porque a gente olha todas as outras federações do Brasil e se fala em retorno em julho ou agosto. Em nenhum lugar do Brasil se fala em voltar a jogar futebol. Por mais que as autoridades tenham liberado o retorno do futebol, não entendemos que há segurança para o retorno. (...) A gente imaginou que haveria bom senso diante da situação mundial - as ações na Europa, o adiamento das Olimpíadas", complementou.

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