Topo

Torcedores marcam novo protesto por democracia na Av. Paulista em São Paulo

Ato pró-democracia e contra o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros - TABA BENEDICTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Ato pró-democracia e contra o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros Imagem: TABA BENEDICTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

08/06/2020 14h31

O coletivo "Somos Democracia", formado por grupos de torcedores do Corinthians e de outros clubes, marcou novo protesto para domingo (14), dessa vez na Av. Paulista, em São Paulo. O ato anterior, ontem, acabou acontecendo em outro ponto da cidade, no Largo da Batata, após uma decisão judicial impedir protestos com pautas opostas na Paulista.

"Vamos novamente para às ruas em defesa da democracia, contra o racismo e fascismo", afirma a descrição do evento criado pelo grupo no Facebook. "Vale lembrar que, devemos ter consciência e respeitar o distanciamento social. Todos devem estar de máscara, óculos de proteção e álcool em gel."

A avenida mais conhecida da cidade virou o pivô de uma disputa que opõe manifestantes contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e apoiadores do governo federal. Na semana passada, os dois grupos marcaram seus atos para a Paulista, mas o coletivo de torcedores acabou mudando seu evento de lugar.

O protesto, com adesão dos movimentos negro e antifascista, transcorreu pacífico por quase toda a sua duração.

Mesmo assim, ao final, uma parte menor de manifestantes, da qual não fizeram parte os torcedores organizados, tentou avançar em direção à Paulista e foi impedida pela Polícia Militar. No começo da noite, o grupo foi dispersado com bombas de gás e tiros de bala de borracha.

No domingo anterior, um encontro os dois grupos antagônicos já havia transformado a Paulista em palco de episódios de violência. A tendência é que uma negociação ao longo da semana junto com o governo estadual e a PM defina um novo local para os protestos a favor de Jair Bolsonaro.