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Marcos e Corinthians ainda vivem histórias cruzadas 20 anos após pênalti

Ex-goleiro Marcos posa diante do escudo do Palmeiras -  Gustavo Epifanio/Folhapress
Ex-goleiro Marcos posa diante do escudo do Palmeiras Imagem: Gustavo Epifanio/Folhapress

Diego Salgado e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

07/06/2020 04h00

Em 2012, Marcos anunciou a sua aposentadoria do futebol profissional. O ex-goleiro construiu uma carreira dedicada ao Palmeiras e virou um dos maiores ídolos da história do clube. Na memória dos torcedores, a imagem do pênalti defendido após cobrança de Marcelinho Carioca ainda está viva mesmo depois de 20 anos. Porém, engana-se quem pensa que a vida do ex-jogador começou a cruzar com o Corinthians no dia 6 de junho de 2000 ou parou de ter ligação com o time do Parque São Jorge nos últimos tempos.

Muita gente pode não saber, mas o ex-arqueiro nasceu em berço quase corintiano. O pai do ídolo e boa parte da sua família eram torcedores do Alvinegro. Em Oriente, sua cidade natal, há quem diga que Marcos costumava brincar e gritar o nome de Ronaldo, que era brilhava no time do Parque São Jorge nas décadas de 80 e 90. Porém, o ex-goleiro sempre refutou o rótulo, brincando que puxou mais a mãe palmeirense nesse sentido.

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Apesar de ser observado pelo Alviverde, o então jovem Marcos chegou a ser escolhido em uma peneira para integrar a base do Corinthians. A saudade da família, porém, falou alto, e ele não seguiu no clube. Em 1992, começou oficialmente o casamento com o Palmeiras. A afirmação como profissional veio em 99, quando Velloso se machucou, e o time disputava as quartas de final da Libertadores justamente contra o Corinthians. O restante dessa história quase todo mundo conhece.

Em 2005, segundo o próprio ex-jogador, existiu a possibilidade de ele defender o arquirrival, que tinha o investimento de Kia Joorabchian. O assunto veio à tona durante conversa do ex-goleiro com fãs em suas redes sociais. Na ocasião, o arqueiro chegou até a insinuar que aceitaria vestir as cores do Corinthians.

"Talvez hoje jogaria sim, vendo que para uma parte da torcida é só fazer alguns jogos e beijar o escudo e já vira ídolo. Mas não me arrependo, pois a maior parte da torcida sabe quem é de verdade e quem é de mentira", escreveu Marcos.

"Como sempre é fácil falar de um comentário em um post, né, mas sobre isso só tenho uma coisa a dizer: não tenho mais nada a provar, quando era jogador recusei (Arsenal e também do Kia/Corinthians). O clube queria me vender, e eu recusei. Os comentários do Insta eram em outro sentido. Um anterior eu explicava que o Corinthians tentou me comprar e eu não quis ir (2005). Daí veio um Zé e quis lacrar", afirmou Marcos.

Na sequência, para tirar qualquer dúvida sobre o seu carinho sobre a sua relação com o Palmeiras, o goleiro escreveu mais um texto.

"Nunca pensei que um processo de desconstrução da minha imagem chegaria tão longe por motivos políticos, reitero aqui todos os dias o amor pela camisa que defendi durante 20 anos. Para a torcida, peço desculpas, deveria ter tido um pouco mais de cuidado para não ter generalizado, perdão mesmo. Aos que me perseguem nas redes, continuem, não vão me tirar o direito de falar o que eu quiser! Quanto aos meus anos de Palmeiras, minha lealdade, falem o que tiverem vontade, a história é só uma para quem a viveu, acho que as provas estão na própria", declarou.