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Valdívia explica saída do Palmeiras e diz que foi traído por Paulo Nobre

Jorge Valdivia lamenta durante partida entre Colo-Colo e Palmeiras - REUTERS/Ivan Alvarado
Jorge Valdivia lamenta durante partida entre Colo-Colo e Palmeiras Imagem: REUTERS/Ivan Alvarado

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/05/2020 00h53

Em entrevista ao Aqui com Benja, do Fox Sports, hoje, Valdívia explicou os motivos que o levaram a deixar o Palmeiras, responsabilizando Alexandre Mattos pelo fim de seu vínculo com o clube paulista. O meio-campista ainda disse que se sentiu traído pelo então presidente do clube, Paulo Nobre.

"Não tenho nenhuma saudade do Alexandre Mattos. Acho que 90% da responsabilidade da minha saída é dele. Quando foi para o meu contrato ser renovado, seria um contrato de produtividade. Mas tinha muita coisa estranha no contrato. Por exemplo, se eu fosse para a seleção, eu não receberia. Achei injusto ser castigado por ir para a seleção. Defender o meu país é um prêmio. O nome do Lucas Barrios já estava sendo especulado na época também e o Mattos me disse que ele não viria para o Palmeiras. Também fiquei chateado com o Paulo Nobre, que me pôs para treinar afastado. Me senti traído por ele. E tínhamos uma relação boa porque nos conhecíamos há muito tempo", declarou o jogador que hoje atua no Monarcas Morelia, do México.

Carinho da torcida

Valdívia também comentou a sua relação com a torcida palmeirense e avaliou que o saldo deixado após sua passagem é positivo. O meia chileno acredita que conquistou grande parte do respeito da torcida jogando a Série B com o clube.

"Meu saldo no Palmeiras é positivo. A torcida tem um carinho, tem respeito. Eu fiquei no time em um momento difícil. Teve jogadores que saíram, treinadores que saíram. E eu fiquei. Eu conversei com o Marcos na época sobre o que fazer. E ele me disse que disputar a Série B me levaria para outra categoria com a torcida. E é verdade. O Prass também ficou para a disputa. Agora a gente vê campo bom, jogadores bons, comida boa. Eu também queria. Qualquer jogador iria querer. Difícil era jogar na outra fase, quando tinha que ganhar para não cair de novo para Série B. A gente caiu, subiu, e em 2014 teve isso. No fim das contas, acho que o torcedor tem mais carinho e respeito que ódio", ponderou.

Lesões

O jogador também falou sobre as lesões que marcaram o fim de sua passagem no Palmeiras. Valdívia confessou que teve responsabilidade por não tomar os cuidados devidos em relação a algumas lesões.

O meio-campista ainda sugeriu que o departamento médico palmeirense com o qual trabalhou não fazia um bom trabalho.

"Tive muita responsabilidade por não tomar os devidos cuidados com algumas lesões. E sofri com as consequências, principalmente da mídia. Mas teve outras vezes que não era culpa minha. Joguei sem poder jogar. Voltava antes da hora, acelerava processos de recuperação. E ninguém ia lá para me defender. E outra coisa, não era só eu que me lesionava e ninguém mais do antigo departamento médico está lá", complementou