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Corinthians define meta para corte de despesas em departamentos do clube

Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava concedida em 2019 - Daniel Vorley/AGIF
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava concedida em 2019 Imagem: Daniel Vorley/AGIF

Diego Salgado e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

27/05/2020 19h11

O Corinthians tomou medidas para tentar evitar um impacto financeiro ainda maior durante a paralisação dos campeonatos em meio a pandemia do novo coronavírus. Em reunião ocorrida ontem (26), a diretoria alvinegra definiu uma meta ousada de redução de custos em áreas do clube.

O corte em cada setor poderia atingir até 50% das despesas atuais, em um cenário ideal, segundo apuração da reportagem do UOL Esporte. O pedido foi feito em uma reunião entre diretoria e representantes dos departamentos do clube alvinegro. Nela, o setor financeiro pediu para cada direto fazer um estudo para buscarem uma adequação à nova realidade.

O Corinthians passou a reduzir gastos há algumas semanas. No fim de abril, seis semanas depois da paralisação do Campeonato Paulista, o clube cortou em 25% os salários dos jogadores do time profissional, da base e do feminino. Além disso, houve redução de 70% dos salários dos funcionários, que serão contemplados com uma ajuda do governo, prevista na MP 936.

Com R$ 177 milhões de déficit registrado no ano passado, o maior da sua história, o Corinthians viu a situação ficar ainda pior durante a pandemia. Três das maiores receitas do Corinthians sofreram impacto por causa da paralisação.

Desde abril, o clube viu uma queda de 70% da cota de televisão. A expectativa é que esse corte seja ainda maior em junho. Em relação aos patrocínios, que é a segunda maior receita, somente atrás da TV, o Corinthians deixou de receber o valor integral de cinco dos nove parceiros. Os outros quatro estão repassando apenas 25% do valor normal.

Houve queda também na receita de sócio-torcedor. Ela já atinge 30%. Vale ainda ressaltar que o clube já não conta com a receita de bilheteria há seis anos, desde a abertura da Arena Corinthians — toda a bilheteria é destinada ao fundo responsável pelo pagamento da obra.

O Corinthians busca a antecipação das quatro parcelas da venda de Pedrinho para tentar amenizar a crise. O clube chegou a um acordo com um banco da Europa para receber a quantia integralmente, usando o contrato de venda como garantia.

O meia-atacante foi vendido por 20 milhões de euros. Os corintianos têm direito a 70% desse montante: 14 milhões de euros (R$ 81,3 milhões na cotação atual).

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