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Santos reafirma projeto e acredita em base como "salvação" pós-pandemia

William Thomas, superintendente de futebol do Santos - Ivan Storti/Santos FC
William Thomas, superintendente de futebol do Santos Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Eder Traskini

Colaboração para

22/05/2020 04h00

O Santos iniciou no ano passado um projeto bem definido: olhar interno antes do externo. Diante do atual cenário de pandemia do novo coronavírus, o Peixe avalia como certa a escolha feita e vê a base como "salvação da lavoura" após a volta do futebol.

Sob comando da trinca William Thomas, superintendente de futebol, Jorge Andrade, gerente das categorias de base, e Everson Rocha, chefe do departamento de análise, o Santos mantém o pensamento de contratar jogadores apenas se não houver solução dentro do clube.

Foi pensando nisso e em completar a processo de evolução dos atletas que o Peixe reativou o sub-23, que existiu em 2018, mas tinha sido fechado em 2019. O comando técnico da equipe ficou com a comissão de Jesualdo Ferreira, sob olhares atentos do português, uma forma de aproximar ainda mais os atletas do profissional e de sua metodologia.

Vivendo grave crise financeira, o Santos cortou 70% do salário em carteira de jogadores e funcionários que recebem acima dos R$ 6 mil. O clube ainda coleciona processos na Fifa por dívidas na contratação de jogadores como Cléber Reis, Felipe Aguilar e Luan Peres.

Assim, o único reforço que o Peixe busca de maneira mais contundente no mercado é um lateral esquerdo, já que a posição é carente dentro do clube: Alan Cardoso, ex-Vasco, não convenceu, enquanto Lucas Sena, que era atacante até o sub-17, ainda é jovem e vem se adaptando na função.

Por outro lado, o Peixe vê bons valores entre as equipes sub-20 e sub-23. Atletas como o volante Vinicius Balieiro, os meias Anderson Ceará, Matheus Moraes e Ivonei, além do atacante Allanzinho, já estão na mira do técnico Jesualdo Ferreira.

Nas categorias inferiores, o clube realizou um mutirão de assinaturas de contratos profissionais e registros de atletas que não tinham vínculo algum com o Santos. O meia Felipe Laurindo, por exemplo, jogou a final do Paulista sub-15 podendo ir embora no dia seguinte sem nenhum benefício ao Peixe.

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