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Rizek: Tudo que o futebol não precisa é fazer parte de jogo político

André Rizek durante o programa "Seleção SporTV" - Reprodução/SporTV
André Rizek durante o programa "Seleção SporTV" Imagem: Reprodução/SporTV

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/05/2020 15h55

O apresentador André Rizek iniciou o Seleção SporTV desta quarta-feira com um posicionamento acerca da volta do futebol no Brasil. Após ironizar, em suas redes sociais, o encontro dos dirigentes de Flamengo e Vasco com o presidente Jair Bolsonaro, o jornalista questionou o uso do futebol como instrumento politico.

Contrário ao retorno da modalidade, Rizek ainda criticou a imagem passada pelos clubes cariocas à população no dia que o Brasil registrou o maior número de mortos em 24h (1.179).

"A melhor defesa possível do futebol, neste momento, é a defesa do não-futebol, que a gente não tenha futebol no país enquanto batemos recorde atrás de recorde no número de mortes. Por dia, mais de mil famílias de luto. E, neste meio tempo, o que acontece com o nosso amado esporte: Ontem, ele foi usado como instrumento político. É tudo que o futebol não precisa neste momento, fazer parte do jogo político brasileiro", argumentou o apresentador.

"Será que é bom para o futebol estar metido nessa briga política do presidente com os governadores, especialmente o do Rio de Janeiro? No momento em que tantos brasileiros estão confinados, fazendo isolamento, era hora de pegar um avião e ir para Brasília? É esse o recado que a gente passa para pessoas que estão fazendo um grande esforço de confinamento para tentar conter os números da pandemia? O futebol, ontem, se viu como um ator do jogo político brasileiro. Será que isso é bom para o nosso jogo? Na minha opinião, a melhor defesa do futebol neste momento é o do não-futebol", completou.

Também presente no programa desta tarde, Carlos Cereto destacou a insensibilidade de Flamengo e Vasco em meio à pandemia de coronavírus:

"Foi uma péssima mensagem passada ontem pelos presidentes de Flamengo e Vasco. Aliás, a mensagem que o presidente do Flamengo passou é quase a mesma de insensibilidade ou sensação de insensibilidade que o Flamengo passou com a morte dos meninos do Ninho do Urubu. (...) Não poderiam ter escolhido hora pior para um movimento político", destacou Cereto, que seguiu:

"Não faz o menor sentido ter a volta do futebol. Quando você tem a notícia demais de mil mortes por dia no país, tem que parar tudo. É hora de parar tudo e discutir tudo outra vez. (...) Acho que foi um péssimo posicionamento das direções de Flamengo e Vasco. O mundo cancelou a Olimpíada, e o Flamengo quer jogar contra o Bangu. O mundo cancelou a Olimpíada, e o Vasco quer jogar contra o Madureira. Alguma coisa está errada".