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"Se o Cazares não quer ficar, azar é dele", diz presidente do Atlético-MG

Juan Cazares, meia-atacante do Atlético-MG, tem contrato até dezembro de 2020 - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Juan Cazares, meia-atacante do Atlético-MG, tem contrato até dezembro de 2020 Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

19/05/2020 13h04

Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG, foi crítico ao falar sobre a situação de Juan Cazares. Depois de o agente Jorge Marino revelar ao UOL Esporte que o "ciclo do equatoriano se encerrou na Cidade do Galo", o mandatário fez duras afirmações sobre o profissionalismo do camisa 10 e disse que vai obrigá-lo a cumprir o vínculo, o qual se encerra em dezembro de 2020.

"Se ele não quer ficar no Atlético, o azar é o dele. Ele cumpre o contrato até o final e vai para onde quiser. O Atlético tem 112 anos de história. Não existe ninguém insubstituível no clube, muito menos o Cazares. Não é ele que vai fazer que a gente fique de joelho", respondeu o dirigente em entrevista ao jornalista Afonso Alberto.

"Ele tem um contrato. Tem de cumprir. Ele vai querer exigir da gente, quando for embora, até o último centavo do último dia do contrato em vigor. O Atlético investiu um dinheiro na época quando trouxe ele do Banfield. O Jorge Marino (empresário) levou um percentual na negociação, o jogador deve ter levado luvas na época, um salário elevado, o jogador teve problemas aqui durante um período, vai pro jornal usando a camisa do clube com nosso patrocinador por conta de mau comportamento, denegrindo a imagem do clube. Isso também pesou muito na carreira do Cazares", completou.

Sette Câmara diz ainda que o apoiador não se valorizou como poderia durante a passagem pelo Galo — iniciada em janeiro de 2016. O dirigente acredita ainda que o fator extracampo atrapalhou uma negociação do atleta.

"E ele não se valorizou como poderia. É uma pena, nós conhecemos esta história e onde ela vai acabar. Eu tenho o direito de ficar com ele aqui até o último dia do contrato. E, durante esse período, se aparecer alguma proposta, a gente vê se consegue negociar e repor aquilo que investimos nele", comentou.

"Fez grandes partidas? Fez, mas também fez péssimas partidas. Também teve um comportamento não condizente com um atleta de futebol com uma salário que ele tem. Eu me lembro que estive tentando negociar o Cazares com um xeque em Dubai, nos Emirados Árabes, e ele me deu a ficha completa do Cazares. Hoje em dia, o cara entra no google e vê tudo do jogador. No caso do Cazares, o extracampo é, no mínimo, questionável, que não ajuda", acrescentou.

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