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Recorde de sócios não livrou o Vasco de fechar ano com contas no vermelho

Torcida do Vasco fez a sua parte na arquibancada em 2019 - Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br
Torcida do Vasco fez a sua parte na arquibancada em 2019 Imagem: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/05/2020 04h00

O movimento de associação em massa que tornou o Vasco o clube com mais sócios-torcedores do Brasil e da América Latina não foi suficiente para tirar o clube da linha do déficit em 2019.

Segundo dados fornecidos no próprio balanço vascaíno, o quadro social atingiu um pico de 188 mil associados adimplentes em dezembro do ano passado, mas os R$ 36 milhões arrecadados não empataram a conta total, que terminou com saldo negativo de R$ 5 milhões.

O Cruz-Maltino atribui ainda a marca no vermelho pelo fato de não ter vendido atletas e pelas "receitas de marketing afetadas pela crise econômica do país".

Com a crise causada pela pandemia do coronavírus, o Vasco soma hoje cerca de 176 mil associados, de acordo com o "placar" existente no portal do programa "Gigante". O orçamento para 2020 previa um salto para uma arrecadação de R$ 43 milhões, mas a meta ficou mais difícil de ser atingida.

Mercado fez falta

Os números expressivos com os associados contrastam com as receitas oriundas da venda de jogadores. Se em 2018 o Cruz-Maltino embolsou cerca de R$ 76 milhões apenas com o adeus de Paulinho rumo ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, na última temporada o único negócio relevante para o caixa foi a ida do meia Evander, negociado com o Midtjylland, da Dinamarca, que gerou R$ 10,7 milhões.

Para um clube asfixiado economicamente, vender é uma das principais saídas. Sem isso, o Vasco teve receita bruta 17% menor no último exercício — R$ 215 milhões contra R$ 261 milhões de 2018. O jovem Talles Magno é a atual joia da coroa e a bola da vez para uma transação que possa render dinheiro para o caixa.

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