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Mercado brasileiro deve pagar menos pela Champions a partir de 2021

PSG e Borussia Dortmund se enfrentaram em Paris com portões fechados pelas oitavas da Champions - AFP PHOTO / GETTY / UEFA
PSG e Borussia Dortmund se enfrentaram em Paris com portões fechados pelas oitavas da Champions Imagem: AFP PHOTO / GETTY / UEFA

Gabriel Vaquer

Colaboração para o UOL, em Aracaju (SE)

03/05/2020 04h04

Com a pandemia do Covid-19, as negociações dos direitos de transmissão da UEFA Champions League de 2021/2022, que começariam no segundo semestre deste ano, foram adiadas pela TEAM (agência designada pela UEFA para vender os direitos de TV) para o primeiro semestre do ano que vem. Mas os grupos interessados têm um pensamento em comum: não devem investir tanto quanto a Turner pagou pelo contrato atual, que vence com a edição que está suspensa atualmente.

A reportagem do UOL Esporte ouviu fontes em grupos como Turner, Grupo Globo, Facebook e Disney. Todos afirmaram que não pretendem fazer loucuras para adquirir o principal torneio europeu de clubes. A análise é que, mesmo após o retorno do futebol, as empresas ainda estarão em situação delicada.

Mesmo corporações ancoradas por dinheiro estrangeiro, como a Disney, sofrem efeitos da pandemia, que reduziu faturamento e audiência. A própria TEAM já faz essa interpretação: os europeus não esperam conseguir, no mercado brasileiro, contratos acima dos US$ 80 milhões, valor pelo qual a Turner adquiriu os direitos da última vez.

Outro ponto é a mudança dos candidatos. O DAZN, por exemplo, reavalia a possibilidade de entrar na disputa. Diretores da plataforma iniciaram contato com a TEAM no segundo semestre do ano passado buscando informações sobre a próxima licitação e, naquele momento, as informações agradaram. O problema é que o DAZN foi um dos mais atingidos pela crise atual.

Somente no Brasil, conforme informou o UOL Esporte na sexta-feira, o DAZN perdeu, no último mês, tudo o que havia conseguido crescer no primeiro trimestre de 2020. Isso afeta diretamente o planejamento de passos futuros, mesmo que a empresa seja uma multinacional com grande investimento.

Nesse cenário, a TEAM adiou para o primeiro semestre de 2021 os trâmites para a licitação. A negociação vale para as temporadas 2021/2022, 2022/2023 e 2023/2024. Atualmente, a Turner tem os direitos de TV por assinatura e o Facebook, da TV aberta. Em uma parceria, a equipe do Esporte Interativo, da Turner, faz as transmissões da rede social, assim como começou a fazer este ano com as exibições da Libertadores 2020.