Técnico estrangeiro na seleção não incomoda Zico: 'Se for para ajudar…'

Em entrevista ao Expediente Futebol, do Fox Sports, hoje (29) Zico disse que não vê problema em um técnico estrangeiro à frente da seleção brasileira. O Galinho citou seu próprio exemplo como treinador de outras seleções nacionais - ele comandou o Japão e o Iraque - e avaliou que a nacionalidade não faz diferença se o profissional for excelente no que faz.

"Se o técnico for bom, não tem problema ser estrangeiro e estar na seleção brasileira. Eu mesmo dirigi o Japão e o Iraque, tem outros exemplos como o Didi, Parreira, Felipão, em outras seleções nacionais. Eu fui lançado no profissional do Flamengo por um técnico paraguaio. Jamais serei contra treinadores estrangeiros. Se for para ajudar, a gente tem que apoiar e aplaudir", declarou.

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Dirigente do Kashima Antlers, do Japão, Zico avaliou a situação do país asiático diante da pandemia do Coronavírus. Na opinião do ex-jogador, o país não esperava ser atingido e reagiu de forma tardia.

"No Japão, está definido que, se voltar, será depois do dia 13 de junho. Antes disso, não pode nem ter jogo amistoso com público. Essa foi a última decisão. Os jogadores estão treinando em grupos pequenos, separadamente, fazendo escala. Além disso, é opcional. Os jogadores que não querem ir ao clube, não precisam. [...] Acho que o Japão não esperava por isso, não. No início, eles estavam muito tranquilos, mas esqueceram que muita gente viaja. E quando esse pessoal voltou, muita gente foi contaminada e o negócio complicou um pouco. Agora estão tentando resolver com medidas mais duras", opinou.

Zico também comentou a situação do Brasil, citando sua preocupação com a capacidade de arrecadação dos clubes. Apesar de ver o problema financeiro se agravar, Zico é contra o retorno do futebol, mesmo com portões fechados.

"A gente vê a atual situação com preocupação. Os clubes dependem muito da televisão, da arrecadação. Eu não sou favorável à volta de jogos com portões fechados. Isso envolve muita gente dos clubes, imprensa. Vai ter gente que vai querer ir em volta do estádio. Se não pode sair de casa, por que vai ter jogo com portão fechado?", complementou.