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Kalil rebate Sette Câmara por dívida do Galo: "Não precisei de caridade"

Alexandre Kalil (PSD-MG), prefeito de Belo Horizonte, rebate atual presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara - Amira Hissa/Prefeitura de Belo Horizonte
Alexandre Kalil (PSD-MG), prefeito de Belo Horizonte, rebate atual presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara Imagem: Amira Hissa/Prefeitura de Belo Horizonte

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

28/04/2020 15h08

Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte, se manifestou sobre a dívida do Atlético-MG pela compra de Maicosuel. Depois de escutar o atual presidente do clube, Sérgio Sette Câmara, dizer que o débito foi herdado de gestões anteriores, o político aproveitou uma transmissão ao vivo para dar a sua versão dos fatos.

"O presidente que me sucedeu [Daniel Nepomuceno] emprestou o Maicosuel para o Oriente [Médio — Al Sharjah FC] por 2 milhões de euros. Já reduzimos o valor do Maicosuel para 1,3 milhões de euros. O Maicosuel foi devolvido para o Atlético, que vendeu o Maicosuel para o São Paulo por mais um milhão de euros. Então, o Maicosuel, além de nos dar a Copa do Brasil, custou ao Atlético 300 mil euros. Essa é a conta. Emprestaram o Maicosuel e não pagaram a compra dele, venderam o Maicosuel e não pagaram. Então, vão atrás de quem fez isso, porque eu já estava fora do Atlético", disse Alexandre Kalil.

"Querer envolver meu nome em qualquer coisa, não dá. Porque sempre que precisei de dinheiro emprestado vinculei em contrato de televisão. Nunca precisei de caridade de ninguém no Atlético", acrescentou, alfinetando o atual mandatário alvinegro.

A última declaração de Kalil faz menção ao empréstimo feito pela família Menin — Rubens e Rafael — e por Ricardo Guimarães para o pagamento da dívida por Maicosuel. Ao todo, eles emprestaram mais de R$ 4,4 milhões ao clube para quitar a dívida de R$ 13,4 milhões. Haverá contrapartida no contrato, mas ainda não houve definição do que será pago aos credores.

O UOL Esporte tentou contato com Daniel Nepomuceno, presidente que sucedeu Alexandre Kalil no Galo. O ex-dirigente, no entanto, não foi encontrado pela reportagem.

A reportagem teve acesso ao contrato de compra de Maicosuel. O Galo teria que desembolsar 3,315 milhões de euros para tirar o jogador da Udinese. Os valores, no entanto, seriam pagos a partir de 15 de janeiro de 2015, período do mandato de Daniel Nepomuceno. Ainda havia mais três parcelas — 15 de julho de 2015, 15 de janeiro de 2016 e 15 de julho de 2016.

Durante a gestão de Daniel Nepomuceno, Maicosuel foi emprestado por 2 milhões de euros ao Al-Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos. O negócio ocorreu em julho de 2015. Um ano mais tarde, o atleta se mudou para o São Paulo por um milhão de euros. O valor, contudo, foi pago apenas durante a gestão de Sérgio Sette Câmara, conforme apurado pela reportagem.

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