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"Sampaoli vai se surpreender com a base", diz diretor do Atlético-MG

Júnior Chávare é diretor da base do Atlético-MG e fala sobre a chegada de Jorge Sampaoli ao clube - Reprodução/TV Galo
Júnior Chávare é diretor da base do Atlético-MG e fala sobre a chegada de Jorge Sampaoli ao clube Imagem: Reprodução/TV Galo

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

16/04/2020 04h00

Jorge Sampaoli não teve tempo hábil para avaliar as divisões de base do Atlético-MG. Contratado no início de março, o técnico só esteve uma semana à frente do clube e pouco se informou sobre os jovens antes da paralisação do calendário do futebol mundial devido ao coronavírus. Júnior Chávare, diretor das categorias inferiores do time mineiro, porém, crê que o argentino irá se surpreender com o que verá na Cidade do Galo.

"Acredito que, quando tiver a oportunidade de sentar com o Sampaoli para conversar um pouco mais, porque nem sequer conversamos com ele ainda, ele vai se surpreender. Os nossos times do sub-20, do sub-17 e do sub-15 privilegiam a forma de jogar que ele gosta. Eu acho que muita coisa do que fazemos hoje já vai nos ajudar com experiência. Isso vai permitir que a gente forme os jogadores, conforme ele procura", disse o dirigente ao UOL Esporte.

Chávare também não teve a chance de conversar com Alexandre Mattos, novo diretor de futebol do clube. Quem se reuniu com o dirigente foi Gabriel Andreata, gerente esportivo desde a contratação de Sampaoli. A dupla definiu algumas diretrizes do trabalho para a temporada.

Jorge Sampaoli, treinador do Atlético-MG - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Jorge Sampaoli: sétimo reforço a caminho
Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

"Não tive contato com Sampaoli nem com o Mattos. Tive contato rápido com o Andreata. Essa postura de captação agressiva e de buscar atletas que podem ser efetivados, o modelo que desenvolvemos há um ano quase, não mudam nada. Temos que seguir focados em revelar, sem abrir mão de buscar títulos. Temos que buscar a captação. Nosso objetivo é revelar atletas que possam ajudar a equipe nas conquistas", comentou Chávare.

"Nós entregamos relatórios com jogadores que se destacaram no ano passado. Já tínhamos uma pré-seleção na equipe de transição. Dentro desse contexto, tínhamos dois atletas com um degrau acima, o Marquinhos e o Bruno Silva. Eles já eram utilizados. Você vê que os resultados começam a aparecer. Eles faziam parte da equipe principal. Ainda tínhamos um grupo de atletas na equipe de transição e também nas divisões de base. A gente já tem uma ideia do número, da quantidade e dos atletas que devem subir", acrescentou.

Ação após isolamento social

O Atlético-MG foi um dos primeiros times a definir a paralisação dos trabalhos nas divisões de base após as autoridades determinarem o isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus. Em menos de 72 horas, o clube enviou os jovens para os seus destinos, evitando problemas com a doença.

"Estávamos monitorando a situação do coronavírus. Já começou o Brasileiro sub-17, já tínhamos jogado com o Corinthians no meio de semana. E na semana seguinte, iríamos enfrentar Botafogo e Vasco, no Rio de Janeiro, que já era epicentro da pandemia no país. Estava começando a acontecer, fizemos contato com o presidente e decidimos paralisar a situação. O presidente Sérgio [Sette Câmara] e o Mattos nos ajudaram a paralisar tudo. Em 72 horas, fizemos uma operação de guerra para mandar os jogadores para casa", comentou Chávare.

"A gente deu encartes e sugestões para os atletas fazerem durante o período de quarentena, que é basicamente um período de férias. Dia a dia, eles têm seus treinamentos físicos e conceitos com vídeos, materiais de leitura. São coisas que ajudam até no ponto de vista tático. Estamos em home office e acompanhando todas as categorias. Eles vão mandando tudo para a gente. Eles têm uma liberdade reduzida no sentido de estarmos monitorando todos para que voltem sem uma defasagem muito grande", concluiu.

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