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Veja caneta de Ronaldinho que gerou bordão "para tudo" de João Guilherme

Ronaldinho Gaúcho deu caneta desconcertante e permitiu que João Guilherme criasse novo bordão - Marcelo de Jesus/UOL
Ronaldinho Gaúcho deu caneta desconcertante e permitiu que João Guilherme criasse novo bordão Imagem: Marcelo de Jesus/UOL

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/04/2020 14h52

Um dos maiores prazeres de um narrador é ver um de seus bordões cair no gosto popular. João Guilherme, do Fox Sports, é um profissional que pode se orgulhar bastante nesse quesito. Um dos mais famosos é o "para tudo", que surgiu após um lance de extrema categoria de Ronaldinho Gaúcho.

O ano era 2011. Na oportunidade, o craque já havia voltado ao futebol brasileiro e vestia a camisa do Flamengo. O time recebeu o Avaí, no Moacyrzão, em Macaé, e não teve qualquer dificuldade para golear os catarinenses.

Ronaldinho fazia grande dupla com Thiago Neves e foi decisivo naquela partida. Participou de três dos quatro gols. E ainda deu uma caneta desmoralizadora no adversário.

Prato cheio para os narradores fazerem o que sabem. Em entrevista especial ao UOL Esporte, João Guilherme lembra que além de Ronaldinho, Deco também foi decisivo para manter o "para tudo" na boca do povo.

"Surgiu num jogo Flamengo x Avaí, Brasileiro de 2011, Ronaldinho Gaúcho deu uma caneta desmoralizante no jogador do Avaí e, na hora, eu narrei assim: 'Para tudo'. Também repercutiu. Um chapéu que o Deco, quando jogava no Fluminense, deu num jogo no Engenhão, também, eu: 'Para tudo'. Pegou", disse.

Ronaldinho poderia ter sido mais referência para Neymar em campo

Além de proporcionar a criação do "para tudo", Ronaldinho também surgiu em outro momento da entrevista. Ao ser questionado sobre o momento de Neymar, João Guilherme fez uma análise mais completa da situação. Segundo ele, o craque revelado pelo Grêmio deveria ter sido mais referência para o jovem craque.

"O Neymar foi o primeiro grande jogador brasileiro que entrou numa seleção brasileira sem ter alguém mais experiente para ampará-lo. Se a gente for pegar a história da seleção brasileira, o Pelé, quando chegou na seleção brasileira, tinha o Didi. Quando o Rivellino chegou, tinha o Pelé. Quando o Zico chegou, tinha o Rivellino. E por aí vai. Vieram Romário, Ronaldo", disse.

"O Neymar, por causa da ausência de Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Kaká, por todos os motivos que a gente sabe, entrou sozinho e não conseguiu resultados em Copa. O Neymar ganhou a Copa das Confederações e ganhou a Olimpíada, mas não conseguiu esses resultados na Copa. Imagine o Neymar na Copa de 2014 com o Kaká ao lado dele. Ou com um Robinho experiente. Ou com um Adriano, desperdício, o próprio Ronaldinho, outro desperdício. Seria diferente. Ficou tudo muito nas costas dele e ele, por tudo o que a gente viu, se perdeu. Mas ainda dá tempo de recuperar", finalizou.