Arnaldo: "Seleção de 2006 tinha maior reunião de bons jogadores que 1982"

A reprise de jogos da seleção brasileira nas Copas do Mundo de 1982 e 2002, na última semana, chamaram atenção para a forma como cada um dos times atuava na campanha em que parou na Itália e na que conquistou o quinto título mundial, no Japão, depois de vitória sobre a Alemanha, rendendo comparações sobre o jogar bonito e vencer com um futebol menos vistoso e sair vencedor.

No podcast Posse de Bola #28, Arnaldo Ribeiro faz uma comparação não da seleção brasileira campeã em 2002, mas da que caiu nas quartas de final diante da França na Copa do Mundo de 2006, quando o time treinado por Carlos Alberto Parreira contava com o chamado quadrado mágico, formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano, além de Cafu e Roberto Carlos nas laterais.

Para o jornalista, a seleção derrotada em 2006 tinha maior quantidade de craques em seu elenco que o time comandado por Telê Santana em 1982, time que tinha Leandro, Júnior, Cerezo, Falcão, Zico e Sócrates entre seus titulares.

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"A gente teve nesse período todo um grande desperdício, um só, foi em 2006. Você tinha mais jogadores brilhantes do que na Copa de 1982 e o desempenho foi um fiasco em todos os aspectos. Eu acho que aquilo é a última ligação que eu pudesse ter com seleção brasileira, ali se esvaiu porque eu não tenho a impressão de que a gente tenha a oportunidade de reunir tantos jogadores capazes de marcarem uma época e vencerem uma Copa", afirma Arnaldo (disponível no vídeo acima a partir de 13:12).

Provocado por Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira, que discordaram da comparação entre as seleções de 1982 e 2006, Arnaldo explica que sua análise leva em conta os elencos, e não apenas os jogadores principais que atuaram como titulares em cada seleção.

"O banco do Brasil contra a Itália era Juninho, Paulo Isidoro, Renato e Edevaldo. Só podia ficar quatro no banco. Pega os 22 da Copa de 1982 e os 22 da Copa de 2006. Eu só estou dizendo que 2006 tinha a maior reunião de bons jogadores brasileiros num único ano, isso é indiscutível. O banco do Brasil tinha Juninho Pernambucano, Zé Roberto, é muita gente boa. Até eu fazia um time daquele funcionar", justifica Arnaldo (disponível no vídeo acima a partir de 26:23).

"Eu acho que Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, eles não estão distantes dos melhores da turma de 1982. Embora eu goste mais da turma de 1982, foram jogadores absurdos", completa.

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