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Ricardinho vê reprise da final da Copa de 2002 como chance para mais jovens

Ricardinho festeja o pentacampeonato com mensagem para Emerson - Juca Varella/Folhapress
Ricardinho festeja o pentacampeonato com mensagem para Emerson Imagem: Juca Varella/Folhapress

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/04/2020 04h00

Com o calendário do futebol paralisado por conta da pandemia da Covid-19, a Globo abriu o baú e decidiu reprisar o jogo entre Brasil e Alemanha, válido pela finalíssima da Copa do Mundo de 2002. A partida será transmitida amanhã, às 16h.

Atualmente comentarista da emissora, o ex-meia Ricardinho não escondeu a emoção com o repeteco. Ele, que substituiu Emerson, cortado da seleção brasileira na véspera da estreia do Mundial do Japão e da Coreia, vê a transmissão como uma oportunidade de apresentar um capítulo importante do futebol nacional para os mais novos torcedores.

"Todas as vezes que este jogo for mostrado, ele será observado de uma forma muito positiva, com muito carinho e, acima de tudo, com uma emoção muito grande, que o Galvão transmitiu tão bem, com qualidade e profissionalismo dignos deste feito. Também tem a importância deste jogo ser mostrado para uma geração nova. Meu filho mais velho, por exemplo, em 2002 tinha só dois anos. É muito importante para quem gosta de futebol ter esse título como exemplo, poder curtir isso, pois esta nova geração ainda não teve essa oportunidade", disse Ricardinho.

O ex-meia ainda tem frescas na memória as lembranças da conquista do penta, especialmente do episódio de sua convocação. Ele estava em sua cidade natal e teve de embarcar às pressas para o Oriente. De Curitiba para a Coreia, o ex-jogador fez o voo que resultaria em seu mais importante título.

"A minha convocação foi devido a uma fatalidade, o corte do Emerson, na véspera da estreia contra a Turquia. Recebi a notícia com muita alegria, mas também com surpresa, porque a seleção estava em vias de começar a jogar a Copa. Fui muito bem recebido por todo mundo. Sair campeão de uma Copa sem dúvida que é o maior título que um atleta de futebol pode ter, ainda mais com a seleção brasileira, a maior vencedora da história", lembrou ele.

As recordações de Ricardinho são muitas, mas ele destaca a união como a chave para o título. A "Família Scolari", apelido criado para ilustrar o bom ambiente da seleção, fez toda diferença de acordo com ele:

"Eu tenho várias lembranças, mas a maior foi a unidade que aquele grupo tinha. Eram grandes jogadores, mas todos se respeitavam, com um convívio altamente profissional e agregador. Isso tudo contribuiu diretamente com a qualidade técnica daquele elenco. O que fica daquela conquista é a convivência, o respeito e a unidade que aquele grupo tinha. Por isso e também pela comissão técnica, conseguimos conquistar aquela Copa do Mundo".

Pentacampeão em cima da hora, Ricardinho sentiu o sabor de atuar em uma Copa do Mundo. Contra a China, entrou aos 26 minutos do segundo tempo na vaga de Juninho Paulista. Diante das Costa Rica, a substituição foi repetida, e ele atuou por 30 minutos. Passados quase 18 anos, o ex-jogador irá revisitar a emoção, mas desta vez de frente para a TV.

Denilson agradece a Vampeta por aparecer no pôster de 2002

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