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Sem clube em meio ao coronavírus, atacante trabalha em farmácia na Espanha

Toni Dovale esperava voltar à Tailândia para negociar novo contrato, mas teria que passar por quarentena - @tonidovale9/Instagram
Toni Dovale esperava voltar à Tailândia para negociar novo contrato, mas teria que passar por quarentena Imagem: @tonidovale9/Instagram

Do UOL, em São Paulo

20/03/2020 15h13

O atacante espanhol Toni Dovale estava atuando no Navy FC, clube de futebol tailandês, até o final de 2019. Voltou à Espanha para passar o fim do ano, mas não conseguiu retornar à Tailândia diante da pandemia do novo coronavírus. Como seu contrato ia só até novembro, está atualmente sem clube. O que fazer?

Aos 29 anos, Dovale resolveu trabalhar fora do futebol. Enquanto espera, exerce a função de farmacêutico. O jogador tem diploma no curso de farmácia, e resolveu correr atrás da experiência prática que havia ficado pendente desde o fim da graduação.

Antes mesmo da explosão de casos na Espanha, quando a Ásia era o epicentro da pandemia, Dovale já vinha trabalhando na drogaria que pertence à mãe, na cidade de Corunha. Assim, passa os dias de jaleco enquanto não sabe o que fará da carreira nos gramados.

"Eu ia voltar em fevereiro, mas adiei um pouco. Tinha opções bastante avançadas com uma equipe, mas os cidadãos espanhóis que querem ir para lá devem passar por uma quarentena", explicou, segundo o jornal La Voz de Galicia, explicando sua nova rotina.

"Tinha as (experiências práticas) pendentes e, para não perder tempo, sigo treinando de manhã. À tarde, vou à farmácia. Estou aqui há um mês e preciso de quatro meses de prática", completou o jogador, com passagens por Celta, Huesca, Sporting Kansas City (EUA), Leganés e Rayo Vallecano, entre outras equipes.

Do lado de lá do balcão, Dovale vê a preocupação com o novo coronavírus aumentar na Espanha.

"Vem gente com sintomas, preocupada. É preciso desinfetar tudo constantemente", explicou. "Faz semanas que não há máscaras. As pessoas pedem lenços, termômetros. Há uma psicose importante. As pessoas passam muito tempo pedindo máscaras, e isso significa que há medo", acrescentou.