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Com Odair, Flu tem 4º melhor início nos anos 2000; 7 técnicos caíram antes

Números de Odair Hellmann são bons em seu início no Fluminense - Lucas Merçon/Fluminense FC
Números de Odair Hellmann são bons em seu início no Fluminense Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

19/03/2020 04h00

O início de temporada do Fluminense poderia ser melhor. Eliminado da Copa Sul-Americana, o Tricolor viu cair por terra seu principal objetivo em 2020. Mas nem por isso o começo de ano é ruim para o time de Odair Hellmann. Nos números, muito pelo contrário. Com 15 jogos antes das paralisações no calendário por conta do coronavírus, o treinador tem o quarto melhor aproveitamento à frente da equipe nos anos 2000, analisada a mesma quantidade de partidas.

Com dez vitórias, dois empates e três derrotas, Odair tem 71,1% de aproveitamento de pontos em 2020, sendo um melhor início, por exemplo, do que as cinco conquistas tricolores de primeiro semestre nos anos 2000: os Campeonatos Cariocas (de 2002, 2005 e 2012), a Copa do Brasil, em 2007, -- que à época se encerrava no meio do ano -- e a Primeira Liga, em 2016.

Parece pouco, mas no período, o Flu demitiu sete técnicos -- Muricy Ramalho, em 2011, deixou o clube rumo ao Santos -- e repetiu outros três nomes: Valdir Espinosa (2001 e 2004), Renato Gaúcho (2003, 2008 e 2014) e Abel Braga (2005, 2012, 2013, 2017 e 2018).

Cuca e Renato Gaúcho lideram o ranking de aproveitamento nos primeiros 15 jogos. E se o início da temporada não serve de ilusão, nessas oportunidades, o Tricolor teve bons momentos: conquistou o tri do Campeonato Brasileiro (já com Muricy), em 2010, e foi vice-campeão da Libertadores em 2008, nos pênaltis -- com Renato.

Abel Braga completa o pódio com o bom começo de 2017. Naquele ano, apesar de levar a Taça Guanabara, o Flu ficou apenas com o vice no Carioca, caiu nas oitavas na Copa do Brasil e a 14ª colocação no Brasileirão.

O "recorde" negativo é de PC Gusmão, que foi dispensado com apenas quatro jogos em 2007. O treinador, entretanto, começou seu trabalho ainda em 2006, quando, apesar da campanha ruim (só uma vitória em 13 jogos), livrou a equipe do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Já o pior aproveitamento é de Carlos Alberto Parreira, em 2000. O tetracampeão do mundo pela seleção brasileira foi o técnico que tirou a equipe de seu calvário na Série C, em 1999, mas não resistiu a cinco derrotas seguidas pelo extinto Torneio Rio-São Paulo no ano seguinte.

Confira o ranking de aproveitamento de técnicos do Fluminense nos anos 2000:

1. Cuca (2010) - 10 vitórias/4 empates / 1 derrota - 75,5%
1. Renato Gaúcho (2008) - 10V/4E/1D - 75,5%
3. Abel Braga (2017) - 10V/3E/2D - 73,3%
4. Odair Hellmann (2020) - 10V/2E/3D - 71,1%
5. Valdir Espinosa (2004) - 6V/1E/2D (Demitido após 9 jogos) - 70,3%
6. Fernando Diniz (2019) - 9V/4E/2D - 68,8%
7. Valdir Espinosa (2001) - 9V/3E/3D - 66,6%
8. Abel Braga (2012) - 9V/2E/4D - 64,4%
8. Abel Braga (2005) - 9V/2E/4D - 64,4%
10. Renato Gaúcho (2014) - 8V/4E/3D - 62,2%
10. Renato Gaúcho (2003) - 7V/7E/1D - 62,2%
10. Muricy Ramalho (2011) - 8V/4E/2D (Deixou o clube com 14 jogos) - 62,2%
13. Renê Simões (2009) - 5V/2E/3D (Demitido após 10 jogos) - 56,6%
14. Cristóvão Borges (2015) - 7V/1E/5D (Demitido com 13 jogos) - 56,4%
15. Abel Braga (2018) - 7V/4E/4D - 55,5%
16. Abel Braga (2013) - 6V/6E/2D - 53,3%
17. Oswaldo de Oliveira (2002) - 7V/3E/5D - 53,3%
18. Ivo Wortmann (2006) - 2V/2E/2D (Demitido após 6 jogos) - 44,4%
19. Eduardo Baptista (2016) - 3V/2E/5D (Demitido com 10 jogos) - 36,6%
20. PC Gusmão (2007) - 1V/1E/2D (Demitido após 4 jogos) - 33,3%
21. Carlos Alberto Parreira (2000) - 1V/5D (Demitido após 6 jogos) - 16,6%

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