Topo

B. Henrique inicia ano entre taças no Fla e dramas dentro e fora de campo

Bruno Henrique comemora gol do Flamengo sobre o Athletico em Supercopa do Brasil. Títulos em campo, problema fora dele - UESLEI MARCELINO/REUTERS
Bruno Henrique comemora gol do Flamengo sobre o Athletico em Supercopa do Brasil. Títulos em campo, problema fora dele Imagem: UESLEI MARCELINO/REUTERS

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/03/2020 04h00

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, vê os fatos se sucederem em 2020 com a mesma velocidade com a qual deixa os zagueiros adversários para trás.

Em apenas três meses do ano, o rubro-negro já deu três voltas olímpicas (Supercopa, Recopa e Taça Guanabara), lesionou o joelho e se envolveu em um problema que pode dar dor de cabeça no futuro. Ao se recusar a fazer o teste do bafômetro na Lei Seca, o jogador foi até a delegacia e viu a autenticidade de sua carteira de habilitação ser colocada em xeque.

O documento está sendo periciado e o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e o resultado sairá em até 10 dias. Se comprovada alguma fraude, o atleta poderá ter de responder na Justiça, situação que deixa a cúpula de futebol do Rubro-negro de cabelos em pé. Em meio ao clima de tranquilidade que reina na Gávea, o episódio com o camisa 27 agitou o ambiente, embora Marcos Braz, vice de futebol, tenha tentado colocar panos quentes na situação:

"Está chateado, mas também muito tranquilo. Fez os procedimentos legais e agora é aguardar daqui para frente. Sobre documento falso, é muito cedo. Passa por perícia, passa por situações. O atleta vai se colocar à disposição da autoridade policial. Se houver lá na frente uma questão da perícia do documento, vamos ver".

A questão seria mais simples se a infração fosse apenas a negativa em fazer o testo do bafômetro, mas, caso comprovada falsidade da carteira, ele poderá ser indiciado por uso de documento falso. O crime prevê pena de até seis anos de reclusão. A assessoria do camisa 27 informou que não se pronunciaria sobre o caso, e o clube tenta blindar um de seus principais astros.

"Quero deixar claro que a Lei Seca é um excelente programa, é contundente, a população aprova. A gente apoia esse programa. Tivemos um atleta que teve a parada solicitada, ele fez o procedimento normal. Entregou a carteira, a documentação do carro e não quis fazer o bafômetro, ele se sentia desconfortável, achava que estava no limite do desconforto", completou o dirigente.

Não bastasse esta questão extracampo, Bruno se recupera de uma lesão no joelho sofrida contra o Independiente del Valle (EQU), pela primeira partida da final da Recopa. Ainda fora de condições, ele não viajou com a delegação para o jogo de quarta-feira (4) ante o Junior Barranquilla, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Municipal. A expectativa é que ele esteja apto para voltar aos campos em até uma semana.

Bruno Henrique sofreu lesão no joelho no Equador - REUTERS/Daniel Tapia - REUTERS/Daniel Tapia
Bruno Henrique sofreu lesão no joelho no Equador
Imagem: REUTERS/Daniel Tapia

Fora do time, Bruno acompanha o acirramento da briga por sua posição. Destaques na goleada por 4 a 1 sobre a Cabofriense, Michael e Vitinho ganharam pontos com o técnico Jorge Jesus. Pedro é outra alternativa, mas a entrada do centroavante mudaria um pouco mais as características da equipe que inicia a caminhada rumo ao tricampeonato da Libertadores.