Liga dos EUA prefere argentinos, uruguaios e até venezuelanos a brasileiros
A maioria dos jogadores brasileiros ainda não enxerga o futebol dos Estados Unidos como uma vitrine ou um salto na carreira. O mesmo não pode ser dito sobre atletas dos demais países sul-americanos. Na MLS, a principal liga americana, os "sudacas" são cada vez mais protagonistas, como mostra o UOL Esporte em especial sobre a volta da competição em 2020.
Na edição do ano passado, o Brasil era o segundo país da América do Sul com mais representantes na MLS. O problema é que poucos conseguiram destaque. Auro, ex-São Paulo, foi vice-campeão com o Toronto FC. Heber, do New York City, teve boa média de gols. E Artur, mais uma cria são-paulina, passou a ser cogitado na seleção norte-americana.
Enquanto isso, o Seattle Souders levantou a taça com o uruguaio Nicolás Lodeiro, ex-Corinthians e Boca Juniors, e o peruano Raúl Ruidíaz, ex-Coritiba, como destaques. O artilheiro da competição foi o venezuelano Josef Martínez, do Atlanta United, que também contou com nomes importantes que recentemente despontaram na Argentina: Ezequiel Barco, campeão da Sul-Americana de 2017 sobre o Flamengo, e Pity Martínez, camisa 10 do River Plate campeão da Libertadores de 2018.
O mesmo Atlanta já conseguiu exportar um sul-americano para a Europa. O meia Miguel Almirón, paraguaio que foi finalista da Libertadores de 2017 pelo Lanús, hoje é titular do Newcastle, da Inglaterra.
"Os argentinos perceberam esse mercado antes dos brasileiros. Recebo muitas ligações de agentes argentinos interessados em trazer jogadores que veem a MLS como um passo importante para a carreira do jogador. O brasileiro ainda não vê isso. Um jogador como o Pity Martínez tinha proposta da Europa, mas preferiu o Atlanta", explica André Zanotta, ex-Grêmio e atual diretor técnico do FC Dallas.
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