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Chega de leste europeu? Brasileiros explicam escolha pelo futebol dos EUA

Ilsinho foi formado no Palmeiras, brilhou no São Paulo, passou pela Ucrânia e hoje joga no Philadelphia Union, da MLS - Icon Sportswire/Icon Sportswire via Getty Images
Ilsinho foi formado no Palmeiras, brilhou no São Paulo, passou pela Ucrânia e hoje joga no Philadelphia Union, da MLS Imagem: Icon Sportswire/Icon Sportswire via Getty Images

Bruno Grossi e Marinho Saldanha

Do UOL, em São Paulo e Porto Alegre

28/02/2020 09h36

O UOL Esporte entrevistou dois velhos conhecidos dos times grandes da capital paulista para mostrar o que pode levar um brasileiro ao futebol dos Estados Unidos. A edição de 2020 da MLS, a principal liga da modalidade, começa neste fim de semana e Ilsinho, ex-Palmeiras e São Paulo, e Júnior Urso, que estava no Corinthians, deram suas impressões.

"Conciliei duas coisas: a proposta do Orlando com minha vontade, que sempre foi de viver neste país. Tenho também a oportunidade de dar um estudo, um futuro melhor para minha filha, para minha família. E tenho vários sonhos como jogador, que incluem o Orlando e muitos tabus a serem quebrados", contou Urso, novo reforço do Orlando City, à reportagem.

Ilsinho está há mais tempo na MLS. Ele vai para a quinta temporada no Philadelphia Union e acredita que, finalmente, os brasileiros estão começando a perder o preconceito com o futebol dos Estados Unidos, antes visto como uma "liga da aposentadoria". Além disso, ele acredita que a qualidade de vida no país é um diferencial.

"É tudo diferente. Quando joguei na Ucrânia, a gente ficava muito restrito a conviver com quem trabalhava com a gente como tradutor, ajudando no dia a dia. Tirando ir no mercado e abastecer o carro, eu não conseguia fazer nada sozinho. Aqui nos Estados Unidos eu vivo uma vida além do futebol. Levo meu filho para treinar, minha filha para nadar, eles estudam em uma boa escola. É uma oportunidade de vida. Os brasileiros ficam presos ao velho sonho europeu. Preferem se arriscar indo para Hungria, Ucrânia, Belarus do que tentar viver melhor nos Estados Unidos", opinou.