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Caso Daniel vai a júri popular, mas Cris se livra de acusação de homicídio

Juninho Riqueza e a mulher Cristiana Brittes em foto com moto apreendida pela polícia - Reprodução/Instagram
Juninho Riqueza e a mulher Cristiana Brittes em foto com moto apreendida pela polícia Imagem: Reprodução/Instagram

Karla Torralba e Adriano Wilkson

Do UOL, em São Paulo

28/02/2020 15h32

A Justiça definiu nesta sexta-feira (28) que os réus envolvidos no assassinato do jogador Daniel Correa de Freitas vão a júri popular, em data ainda a ser definida. Mas Cristiana Brittes, que vinha sendo acusada pelo Ministério Público de participar do assassinato do jogador em 2018, foi liberada da acusação.

Em sua decisão, conhecida como "pronúncia", a juíza Luciani de Paula não deu prosseguimento à denúncia por homicídio contra a esposa de Edison Brittes. O empresário, que permanece preso, já confessou ter matado o atleta.

Brittes e outros três réus (David Vollero, Ygor King e Eduardo da Silva, convidados da festa de aniversário de sua filha) tiveram a denúncia por homicídio qualificado confirmada, já que segundo o MP, eles teriam torturado Daniel antes matá-lo. Os quatro também responderão pelo crime de ocultação de cadáver. O corpo de Daniel foi encontrado parcialmente degolado e sem o órgão genital.

A liberação de Cristiana Brittes da denúncia por homicídio foi considerada uma vitória por sua defesa, que advogada a tese de que ela foi vítima de Daniel na noite do crime.

De acordo com os advogados da família Brittes, Edison só matou o jogador após vê-lo na cama tentando abusar de sua esposa.

Cristiana, assim como sua filha Allana Brittes, ainda responderão por outras três acusações, aceitas pela juíza: fraude processual, coação no curso do processo e corrupção de menores. As duas estão em liberdade.

As provas e os depoimentos dos réus serão avaliados por moradores da cidade de São José dos Pinhais, no Paraná, onde o crime ocorreu.

Veja todos os pronunciados (com denúncia aceita pela Justiça):

Homicídio qualificado pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima

DAVID WILLIAN VOLLERO SILVA
EDISON LUIZ BRITTES JUNIOR
EDUARDO HENRIQUE RIBEIRO DA SILVA
YGOR KING

Ocultação de cadáver

DAVID WILLIAN VOLLERO SILVA
EDISON LUIZ BRITTES JUNIOR
EDUARDO HENRIQUE RIBEIRO DA SILVA
YGOR KING

Fraude processual

ALLANA EMILLY BRITTES
CRISTIANA RODRIGUES BRITTES
DAVID WILLIAN VOLLERO SILVA
EDISON LUIZ BRITTES JUNIOR
EDUARDO HENRIQUE RIBEIRO DA SILVA
EVELLYN BRISOLA PERUSSO
YGOR KING

Corrupção de menor

ALLANA EMILLY BRITTES
CRISTIANA RODRIGUES BRITTES
EDISON LUIZ BRITTES JUNIOR
EDUARDO HENRIQUE RIBEIRO DA SILVA

Coação no curso do processo (por cinco vezes)

ALLANA EMILLY BRITTES
CRISTIANA RODRIGUES BRITTES
EDISON LUIZ BRITTES JUNIOR