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Por logística e calendário, Grêmio torce pelo rival Inter na Libertadores

Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

18/02/2020 04h00

Renato Gaúcho disse com todas as letras: prefere que o Internacional elimine o Tolima-COL e entre no Grupo E da Copa Libertadores do que o contrário. A posição do treinador do Grêmio ganha apoio entre os dirigentes e a explicação é um tanto quanto óbvia. Mesmo que a classificação do time de Eduardo Coudet signifique dois clássicos históricos, gera menos desgaste em termos de logística e auxilia o calendário gremista.

O Inter visita o Tolima-COL amanhã (19), em Ibagué, e decide a vaga na fase de grupos em casa. O jogo no Beira-Rio ocorre na quarta da semana que vem, dia 26.

"Falei para os jogadores do Internacional depois do jogo. Falei que estou torcendo para eles passarem. Já elogiei o time do Coudet e disse que estou torcendo para o Internacional. Isso valoriza o futebol gaúcho, brasileiro. A rivalidade valoriza todo mundo", disse Renato Gaúcho depois do Gre-Nal do último sábado, no estádio Beira-Rio.

O argumento do treinador gremista vai além da rivalidade. Caso o Inter elimine o Tolima, o Grêmio não precisará viajar a Ibagué. O deslocamento até a região central da Colômbia foi uma dor de cabeça para o Boca Juniors, em 2019, e é um adversário extra para o clube colorado.

"[Se o Inter passar de fase] O Grêmio vai ter uma viagem a menos, viagem para Colômbia é longa. Que venha o Internacional. Internacional é grande, o Grêmio também. Não tem essa de torcer contra: 'ah, é o maior rival'. Tenho que pensar no que é melhor para o Grêmio, melhor jogar aqui do que viajar até a Colômbia. Eles que façam a parte deles, né? Eu vou torcer. Gre-Nal é bonito, é maneiro. É bom", finalizou Renato.

Direção vê clássico iminente

Para a diretoria, o primeiro Gre-Nal válido pela Libertadores é inevitável. A definição partiu de Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio.

"Acho que é inevitável. Esta chave que estamos prestes a ter o Internacional será a mais difícil dos últimos tempos. Será extremamente complicada. É inevitável ter Gre-Nal na chave da Libertadores", disse o dirigente gremista em entrevista ao Canal VídeoQueki.

Para outros integrantes da diretoria, o confronto com o Inter no Grupo E é visto, também, como ajuda no calendário. O Grêmio, aliás, trata a conquista do primeiro turno do Gauchão como um trunfo para lidar com a agenda de partidas a partir de março.