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Corinthians evita comparações, mas pode tirar lições de quedas chocantes

Luan lamenta eliminação do Corinthians pelo Guaraní-PAR na ´pré-Libertadores 2020 - NELSON ALMEIDA / AFP
Luan lamenta eliminação do Corinthians pelo Guaraní-PAR na ´pré-Libertadores 2020 Imagem: NELSON ALMEIDA / AFP

Diego Salgado e Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo

13/02/2020 04h00

O Corinthians tenta encarar com tranquilidade a mais nova eliminação na Libertadores, mesmo revivendo dois fantasmas. Assim como em 2011, o time deixou a competição antes mesmo da fase de grupos. Em 2015, também foi derrotado pelo Guaraní (PAR), algoz de ontem (12) - os corintianos venceram por 2 a 1, mas não evitaram a queda.

No discurso após a queda precoce pelo torneio continental, as principais figuras corintianas falaram em tirar lições da eliminação em plena Arena Corinthians, diante de mais de 40 mil torcedores. O presidente Andrés Sanchez e o técnico Tiago Nunes, de todo modo, evitaram comparar o fracasso atual com os antigos. Mesmo que, nessas temporadas de fracasso na Libertadores, o clube tenha dado exemplo positivo de paciência com seu projeto esportivo e sido recompensado por isso.

Tiago Nunes -  -
Tiago Nunes comanda o Corinthians à beira do campo durante o duelo com o Guaraní-PAR

Apesar de Andrés evitar comparações, as quedas de 2011 e 2015 foram apagadas com títulos brasileiros, ambas as vezes com Tite. A preocupação do mandatário corintiano talvez seja a de não criar expectativas —ainda mais— elevadas sobre o trabalho de Tiago Nunes, que ainda nem completou dois meses com o time.

"Falar sobre a semelhança do Tiago é absurda. É chato, é desagradável, é péssimo para nós. Está mudando o jeito de jogar, isso leva tempo. Vamos fazer grandes jogos, como fizemos hoje, e vamos fazer péssimos jogos até o time estiver bem", disse Andrés.

De todo modo, mesmo descartando paralelos, o presidente age da mesma maneira como no passado: dando pleno aval para a continuidade de Tiago Nunes. Algo já publicado pelo UOL Esporte antes mesmo da definição do confronto com os paraguaios.

Quando perdeu para o Tolima, da Colômbia, em 2011, também na pré-Libertadores, o Corinthians se reergueu durante a temporada. De imediato, venceu o clássico com o Palmeiras válido pelo Paulistão, num triunfo que manteve Tite no cargo. No fim daquela temporada, sagrou-se campeão brasileiro pela quinta vez.

Em 2015, a derrota para o Guaraní nas oitavas de final do torneio continental gerou um princípio de crise, que foi contornada a partir da sexta rodada do Brasileirão. O time, novamente com Tite no comando, encaixou suas peças, embalou e conquistou outro título brasileiro meses depois, jogando um futebol dominante, jogando para a frente.

É justamente o tipo de desempenho que a diretoria crê que a equipe agora possa alcançar sob a liderança de Tiago Nunes —e o primeiro tempo contra o Guaraní deu mais provas do potencial da versão 2020 alvinegra, ainda que tenha um elenco, em tese, inferior ao de cinco anos atrás. Uma reação, com melhor entrosamento dos atletas, de todo modo, também não é garantia de que troféus virão.

O próprio treinador evitou fazer comparações com a primeira eliminação do Corinthians na pré-Libertadores. Para ele, isso não é compatível com o atual momento. "Não vejo de maneira positiva", afirmou.

Já Cássio, goleiro e capitão corintiano, mencionou os desafios que estão por vir na temporada 2020 —restam ao time Estadual, Copa do Brasil e Brasileirão. O veterano afirmou que o elenco vai virar a página rapidamente.

"Tudo é aprendizado, quanto mais vezes estivermos na Libertadores mais chances teremos de ganhar. Uma das metas é estar na próxima Libertadores, é vencer títulos esse ano para voltar à Libertadores. Vamos trabalhar nos próximos campeonatos", frisou o goleiro.

O Corinthians volta a campo no próximo sábado (15) para enfrentar o São Paulo. O clássico é válido pela sexta rodada do Campeonato Paulista. O jogo será no Morumbi, às 19h (horário de Brasília).

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