Topo

Jardine quer mudar até esquema tático da seleção para surpreender Argentina

Jardine tem tido a difícil missão de dar segurança a zaga brasileira no Pré-Olímpico - Lucas Figueiredo/CBF
Jardine tem tido a difícil missão de dar segurança a zaga brasileira no Pré-Olímpico Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri

Do UOL, em Bucaramanga (Colômbia)

08/02/2020 18h26

André Jardine pode mudar o esquema do time pela primeira vez no Pré-Olímpico. Em entrevista concedida neste sábado (8), o treinador da seleção brasileira afirmou que precisa apresentar algo novo para a partida de amanhã, às 22h30 (de Brasília), contra a Argentina.

Para não depender de outros resultados e conseguir a vaga em Tóquio-2020, a seleção precisará vencer a Argentina, única seleção que tem 100% de aproveitamento até aqui na competição.

O comandante expôs pensamento semelhante ao de Pedrinho, que afirmou ontem (7) que a seleção brasileira já estava ficando manjada pelos seus adversários. Ele não revelou quais serão as trocas e fechou o treino para a imprensa na parte em que as definições seriam feitas.

"A gente espera ser o mais feliz possível na escolha, não só das peças, mas essencialmente da maneira de jogar, de apresentar alguma coisa diferente, pois a gente percebe que os adversários estão estudando a nossa maneira de atacar. Cabe a nós encontrar soluções, e a gente tem um elenco com muitas alternativas que nos permite essa situação", afirmou o treinador.

Jardine disse que pode compensar a falta de treinos com um esquema novo se encontrar o sistema ideal que favoreça o estilo de jogo de seus atletas, especialmente dos seus atacantes.

"Acho que o sistema muitas vezes funciona de uma maneira muito rápida, quando a gente escolhe jogadores com característica que o sistema exige. Obviamente não vamos fazer uma coisa de outro mundo, o que a gente vai fazer é encontrar funções que potencializem as principais características dos atacantes, que consiga fazer eles se encontrarem com mais frequência em campo, consigam construir jogadas de uma maneira diferente das que a gente vem construindo até o momento", completou.

Até aqui, o Brasil jogou sempre com dois volantes, um armador e dois pontas, com Bruno Guimarães e Matheus Henrique no meio campo, atrás de uma linha com Pedrinho, Antony e Paulinho. Matheus Cunha, artilheiro do Projeto Olímpico com 12 gols, atuava como camisa 9.

Além da possível mudança de esquema, a seleção terá uma troca certa de peça. Nino, suspenso, não poderá entrar em campo e dará lugar a Robson Bambu ou a Ricardo Graça.

"Neste quadrangular, encontramos adversários mais qualificados, estudando cada vez mais nossa equipe, marcando bem as principais alternativas nossas, e o treinador fica sempre naquele dilema de seguir, insistir, dar repetição, continuidade, e qual é o momento de inflexão, que precisa buscar alternativa, trazer competitividade e uma variação. Foi o dilema que vivi, mas não via motivo para mudar, porque a equipe vinha ganhando e ganhando bem. Mas nesse momento a competição exige que a gente dê uma nova cartada e que o Brasil apresente uma nova maneira de atacar, especialmente para a gente surpreender", finalizou.