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Fluminense, joga mal, Boavista vence e encerra invencibilidade tricolor

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Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

01/02/2020 20h59

O Fluminense não repetiu as boas atuações no Campeonato Carioca e perdeu sua invencibilidade em 2020. Em ritmo lento e repleta de reservas, a equipe do técnico Odair Hellmann perdeu para o Boavista por 1 a 0 hoje (1º), no Maracanã, com gol de Caio Dantas.

Com a derrota do Tricolor, que estava 100%, o Estadual agora não tem mais times invictos. As duas equipes seguem líderes de seus grupos na Taça Guanabara.

O Fluminense segue na ponta do Grupo B com 12 pontos, dois a mais que o Madureira, que empatou sem gols com o Bangu em Conselheiro Galvão. O Boavista é o primeiro colocado do Grupo A, com 10 pontos, três à frente do Flamengo, que joga na segunda-feira contra o Resende, no Maracanã.

Miguel é o mais lúcido, mas colegas não acompanham

Aos 16 anos, Miguel já é uma das referências do Fluminense em 2020. O meia-atacante atuou solto no ataque e foi um dos únicos a se salvar na péssima atuação tricolor no Maracanã. O camisa 30 tentou tabelas, enfiadas de bola, dribles e até na bola parada, mas seus companheiros estiveram longe de acompanhar seu pensamento, que é bem mais rápido que o da média no futebol brasileiro.

Orinho falha na marcação e é inefetivo no ataque

Na lateral-esquerda, o Flu optou por poupar Egídio para o jogo de terça-feira contra o Unión La Calera, pela Copa Sul-Americana. Assim, Odair promoveu a entrada de Orinho. O reserva, entretanto, não aproveitou a chance. Além de ter sido pouco efetivo no ataque, ele falhou no gol do Boavista ao deixar uma avenida para Jefferson, que achou Caio Dantas sozinho na área para abrir o placar. Esse foi só mais um dos erros defensivos do camisa 23, que foi o pior do Fluminense no Maracanã.

Jefferson leva defesa tricolor à loucura no Maracanã

O Boavista teve boa atuação e méritos na vitória sobre o Fluminense no Maracanã. A organizada equipe de Paulo Bonamigo esteve bem postada durante toda a partida e apostou no mano a mano de seus pontas para atacar o Tricolor. Nesses confrontos, o camisa 7 Jefferson levou a melhor sobre Orinho na ponta direita. Atuando com o pé trocado, o canhoto foi o melhor do alviverde na vitória da noite chuvosa de hoje.

O jogo

O primeiro tempo foi modorrento, com as duas equipes errando bastante na criação das jogadas e trocando passes sem nenhuma objetividade. Com a bola no pé, o Tricolor até era mais efetivo, mas muito longe de brilhar. O esquema de Odair Hellmann colocava Yuri como um apoio entre os zagueiros para qualificar a saída de bola, mas o Flu perdia um homem de meio campo e atrasava a já lenta transição entre a defesa e o ataque - um problema crônico da equipe desde 2020.

Bem postado, o Boavista apostava em uma marcação um pouco mais alta e em uma troca de passes mais rápida quando tinha a bola. Apesar de ter bons pontos nos duelos entre Tartá e Erick Flores contra a defesa tricolor, a equipe de Bacaxá não agredia muito o gol de Muriel. A melhor chance do primeiro tempo foi do Fluminense, com Yago, aos 25, em rara troca rápida de passes em direção à área adversária.

Na volta do intervalo, Odair não mexeu. A equipe, entretanto, se apresentou mais ofensiva, ocupando o campo do Boavista. O ritmo lento seguia, e o técnico trocou Yuri por Matheus Alessandro. Um minuto depois, entretanto, o alviverde abriu o placar: em jogada de velocidade de Jefferson pela direita, Orinho e Digão marcaram a bola, e Caio Dantas apareceu sozinho na área para estufar as redes.

O Flu tentou mudar com Michel Araújo e Nenê nas vagas de Gabriel Capixaba e Felippe Cardoso, mas a melhora no ataque não foi suficiente para reverter o placar. Ainda que não tivesse centroavante e estivesse com três meias em campo, a equipe preferiu apostar em chuveirinhos sem efetividade e viu cair sua invencibilidade em 2020.

Uruguaio tem estreia encorajadora

O meia-atacante Michel Araújo não teve a mais fácil das oportunidades ao ser chamado por Odair Hellmann quando o placar marcava 1 a 0 para o Boavista. O uruguaio, entretanto, mostrou qualidade e atrevimento. Sempre em direção ao gol e de cabeça em pé, criou mais uma opção para o Flu na ponta-esquerda. Depois de sua entrada, a equipe passou a ser mais veloz e incisiva.

Velho problema

Muriel engrossou com a bola no pé mais uma vez contra o Boavista. Por duas vezes, o goleiro pegou errado na bola, e em uma delas por pouco não se complicou: Michel adiantou demais e permitiu que o camisa 27 se recuperasse saindo bem pelo chão.

Vaias se repetem para Felippe Cardoso

O atacante Felippe Cardoso ainda não caiu nas graças da torcida do Fluminense. Após mais uma má atuação, o camisa 19 ouviu fortes vaias da arquibancada ao ser substituído pelo meia Nenê, aos 27 do segundo tempo.

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