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Cruzeiro estabelece prazo para resolver futuro dos medalhões no elenco

Robinho - Vinnicius Silva/Cruzeiro - Vinnicius Silva/Cruzeiro
Imagem: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

12/01/2020 04h00

A primeira semana de pré-temporada foi bastante movimentada no Cruzeiro. Apesar dos primeiros treinamentos de um ano muito importante na história do clube, chamou mais atenção as reuniões que começaram a definir o futuro de vários atletas renomados. Até o momento, somente Léo acertou sua permanência com readequação salarial. Vários casos ainda são estudados e tem jogador que ainda nem sentou para conversar com a diretoria. A intenção da cúpula é de resolver tudo até a próxima quarta ou quinta-feira, entregando o plantel pronto para Adilson Batista estrear no Campeonato Mineiro, dia 22, contra o Boa Esporte.

Todos os casos que ainda precisam ser resolvidos no Cruzeiro possuem em comum a necessidade de reduzir os salários dos jogadores. Alguns são tratados como prioridades para 2020, outros nem tanto. Neste sábado, Ocimar Bolicenho abriu conversas para negociar o futuro de Robinho. O meia se machucou no ano passado e só voltará aos campos entre abril e junho. Agora, Sassá passa a ser o único que ainda não tem uma negociação em curso. O atacante é um reserva de luxo e também merece atenção, já que o clube ainda não resolveu o futuro de Fred e contará com o jovem Vinícius Popó no ataque. Vale lembrar que o teto salarial de até R$150 mil por jogador, antes estabelecido, deixou de existir. Mas a atual gestão traçou como meta reduzir folha mensal de R$15 milhões para R$5 milhões, e, por isso, terá que equilibrar quais atletas merecem ou não receber os maiores vencimentos.

Situações indefinidas

Pelo menos seis jogadores ainda não chegaram a um denominador comum com o Cruzeiro. Manoel e Cabral são desejados no clube e decidirão nos próximos dias se aceitarão a proposta celeste. O estafe do zagueiro analisa a situação com calma, pois ainda acredita em uma possível transferência para fora do país. Outro defensor que negocia sua permanência é Dedé. Embora não tenha nada acertado com o Vasco, o zagueiro tem sua situação acompanhada pelo ex-clube. Se preferir sair, o Cruzeiro não apresentará resistência. Mesma situação vive Fred, que tinha sua saída praticamente dada como certa, mas que topou sentar para ouvir o que a diretoria tem a oferecer. Por outro lado, o clube é que terá que dar uma resposta para o goleiro Fábio. O ídolo apresentou sua pedida, e agora a diretoria precisa analisar se vale ou não mantê-lo. Por fim, o clube também fará novos encontros com o estafe de Rodriguinho, já que a primeira reunião terminou sem acordo.

Em compasso de espera

Três outros jogadores aguardam fatos novos sobre o futuro na Toca da Raposa. Apesar de ter adquirido o lateral Orejuela em definitivo, a intenção do Cruzeiro é que o colombiano jogue em outra equipe para valorizar seu passe. Flamengo e Palmeiras interessaram pelo jogador, mas não formalizaram propostas. Apesar de estar em Belo Horizonte, o lateral se ausentou dos treinamentos à espera de uma definição. O seu reserva em 2019 foi Edilson, que também não deve ficar. O jogador viu o Grêmio desistir de contratá-lo e aguarda o interesse de outro clube. Por enquanto, vem treinando na reserva. Se ficar, também terá que reduzir o salário, já que recebe uma das melhores remunerações para sua posição. O terceiro nome em espera é Digão, que voltou de empréstimo, mas deve ser negociado, inclusive com o Fluminense, que defendeu em 2019.

Jogadores com saída iminente

Quatro jogadores possuem uma situação um pouco mais complicada e dificilmente ficarão. Em comum, todos eles acionaram o Cruzeiro na Justiça e pediram a rescisão do contrato: Thiago Neves, Fabrício Bruno, Éderson e David. O primeiro não se acertou com o clube e só espera a decisão dos tribunais. O zagueiro até pode retirar sua ação, mas a tendência é de ter sua negociação com o Red Bull Bragantino concluída. Já Éderson e David pertencem ao empresário André Cury, que negocia as dívidas do Cruzeiro com seus atletas. Mesmo que a dupla retire suas cobranças, não haveria mais clima para ambos serem reintegrados, e por isso eles devem acabar saindo.