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Flu fecha ano com salários em dia e projeta 2020 "mais calmo" nas finanças

Mario Bittencourt cumpriu promessa de colocar os salários em dia em 2019 - Mailson Santana/Fluminense FC
Mario Bittencourt cumpriu promessa de colocar os salários em dia em 2019 Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/12/2019 04h00

O que pareceu impossível em alguns momentos para o Fluminense foi alcançado no fim de 2019. Com o início do pagamento da primeira parcela do 13º de 2019, o Tricolor fecha o ano com os salários em dia. Principal promessa de Mario Bittencourt para o curto prazo, o acerto de débitos com funcionários e atletas foi cumprido, e a diretoria projeta um 2020 mais calmo nas finanças.

Desde que assumiu, em junho, o presidente deixou claro que sua prioridade "zero" era acertar a questão salarial. Em seis meses, a diretoria arcou com nove folhas da CLT, além de todo o 13º de 2018, 50% do referente a 2019 e os direitos de imagem, que apenas alguns atletas recebem.

"Na semana passada, quitamos todos os salários do ano. Chegamos em junho e acertamos de abril até novembro, além do 13º de 2018 e iniciamos o pagamento dos direitos de imagem. Por serem pessoas jurídicas, a gente está aguardando que eles emitam as notas. Sendo emitidas, quitaremos até terça-feira todas as imagens atrasadas até outubro. Vamos ficar devendo apenas a imagem de novembro. Acredito que na semana que vem vamos conseguir pagar também a primeira parcela do 13º deste ano", afirmou, na coletiva de apresentação do novo técnico, Odair Hellmann.

Para 2020, o Flu também deu passos importantes. Primeiro, conseguiu acordo para o pagamento de antigos débitos fiscais e para o abatimento do PROFUT. Em paralelo, o clube tenta acordos também com a Justiça do Trabalho para aumentar o Ato Trabalhista e com outros credores. O montante de dívidas ainda é alto e deve crescer, já que as execuções, em grande parte, ocorrem no curto prazo.

Um outro acordo tentado pelo clube é para a liberação de verbas do contrato com a Globo pelas cotas de televisão. Ainda não há previsão, mas o Flu tenta "fazer caixa", dentro do possível, para pagar os bloqueios que se incidem no dinheiro da TV e receber um valor mais alto, mesma estratégia que utilizou com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Para isso, pode utilizar parcelas que ainda têm direito pela venda de Pedro e também de bônus de 1 milhão de euros referentes à negociação de João Pedro com o Watford. O clube terá mais um motivo para torcer para que a cria de Xerém dê certo na Premier League e atinja as metas estipuladas no contrato.

A previsão de receitas também conta com o aumento do programa de sócio-torcedor, que já cresceu em 2019 e terá novos planos em 2020. O Fluminense tenta, da mesma forma, conseguir um patrocínio master para sua camisa. Ainda assim, o Tricolor sabe que seguirá com problemas no próximo ano, mas espera ter menos dificuldades para arcar com seus compromissos e evoluir na parte esportiva.

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