Yaya Touré não deixa filhos jogarem futebol por medo que sofram racismo

Ídolo do Manchester City, o volante Yaya Touré revelou ter receio de deixar os filhos jogarem futebol por medo que sejam alvos de racismo.

"Meus filhos querem ser jogadores de futebol. E eu questiono a eles: 'Olha, podem não fazer isso?'. Mas preciso aceitar. Estou negando a eles o direito de jogarem bola por quê? Por causa desse tipo de coisa", disse o atleta em entrevista ao canal Omnisport.

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O jogador marfinense, que atua na segunda divisão chinesa, disse que o assunto é delicado: "Eu fico emotivo em relação a isso porque racismo é algo que me machuca o tempo todo."

Questionado sobre os casos de racismo na Itália, ele disse que é necessário "ensinar" aos executivos responsáveis pelo Campeonato Italiano as melhores formas de lidar com o assunto.

"Eles vão continuar com isso. Já continuam. Você tem que entender. Há três meses eu estive em uma conferência e algumas pessoas da federação da Itália estavam ali falando sobre isso. Conversei com eles sobre o que fazer com o Lukaku ou com jogadores que não se sentem confortáveis. Acho que eles podem melhorar, mas você precisa ensinar a eles", contou.

Recentemente, a liga foi alvo de críticas pelo uso de um cartaz com macacos em campanha contra o racismo.

Crítico à realização da Copa do Mundo de 2022 no Qatar, principalmente por políticas excludentes em relação às mulheres, Yayá afirmou: "No futebol, para jogar você tem de aproveitar. Homens ou mulheres tem que jogar, aproveitar e ser quem são."

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