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Bruno Henrique brilha, Fla vira sobre o Al-Hilal e vai à final do Mundial

Bruno Henrique comemora o gol da virada sobre o Al-Hilal na semifinal do Mundial de Clubes - Alexandre Vidal/Flamengo
Bruno Henrique comemora o gol da virada sobre o Al-Hilal na semifinal do Mundial de Clubes Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Leo Burlá

Do UOL, em Doha (Qatar)

17/12/2019 16h22

O Flamengo está na final do Mundial de Clubes. Assim como na decisão da Libertadores, o time teve que buscar a virada para entrar na história. Foi com menos drama, é verdade, mas a vitória por 3 a 1 sobre o Al-Hilal não deixou de ter seus momentos de dramas no Estádio Internacional de Khalifa, em Doha.

Salem abriu o placar no início do primeiro tempo e deixou os corações dos rubro-negros apertados até a volta do intervalo. É que o segundo tempo foi completamente diferente. O Flamengo empatou com Arrascaeta e viu Bruno Henrique, eleito o melhor jogador do Brasil no Pesquisão UOL, brilhar com o gol da virada e a jogada do terceiro, marcado contra por Al-Bulayhi.

Agora, o Flamengo espera o vencedor do confronto entre Liverpool, da Inglaterra, e Monterrey, do México, nesta quarta, para saber que será o seu adversário na decisão do Mundial. A grande final será no próximo sábado, às 14h30 (horário de Brasília), no Estádio da Cidade da Educação.

Melhor: Bruno Henrique e Rafinha

O segundo tempo do Flamengo foi decisivo. Bruno Henrique participou dos três gols da equipe e foi o grande destaque. Rafinha ficou um pouco atrás. O lateral participou 'apenas' de dois gols: iniciou a jogada do empate e ainda deu assistência para a virada.

Pior: Filipe Luís mal na frente e atrás

O lateral-esquerdo não vem em uma boa sequência no Flamengo. Contra o Al-Hilal, sofreu na marcação e abdicou do direito de atacar. Na segunda etapa, formou praticamente como um terceiro zagueiro ao lado de Rodrigo Caio e Marí, e não ajudou a construir pelo meio, uma de suas principais características.

Torcida do Fla em maioria em Doha
Fla - Leo Burlá / UOL - Leo Burlá / UOL
Imagem: Leo Burlá / UOL

A torcida do Flamengo esteve em ampla maioria no Estádio Khalifa. Apesar dos rubro-negros em maior número, a pequena e barulhenta torcida do Al-Hilal não deixou por menos e fez a sua festa no Mundial do Qatar. Com bandeiras e faixas, os sauditas curtiram o jogo diante dos brasileiros.

Fla não consegue se impor e leva susto no início

Acostumado a jogar com a bola nos pés e fazer forte marcação para recuperar a bola do adversário, o Flamengo parecia um outro time nos primeiros minutos de jogo. O Al-Hilal apresentou postura agressivas e passou a acumular escanteios em série. Em um deles, Giovinco recebeu passe curto e invadiu pela lateral e finalizou para boa defesa de Diego Alves.

Gerson quase aproveita falha de goleiro em 1º ataque

O primeiro ataque do Flamengo ocorreu apenas aos 14min. Em cruzamento pela esquerda, o goleio Al-Muaiouf saiu mal e socou a bola sem tanta força. Atento, Gerson, na intermediária, tentou toque de cobertura, mas a mira não estava das melhores e mandou para fora. Pouco para o que o Rubro-negro mostrou na temporada.

Diego Alves salva, e Gomis perde gol incrível

Enquanto o Flamengo parecia assustado e até mesmo surpreendido com a postura do adversário, os árabes se mostravam tranquilos em campo. Mais que isso. Organizados, o Al-Hilal chegava com certa frequência ao ataque. O gol poderia ter saído aos 15min, mas DIego Alves salvou e Gomis, na sequência, perdeu gol incrível, já sem goleiro.

Pressão dá resultado e Al-Hilal abre placar

O gol parecia questão de tempo tamanha a predominância dos árabes em campo. E foi justamente o que aconteceu. Aos 17min, o Al-Hilal teve trama rápida e envolvente pelo lado direito. Salem recebeu de frente e fuzilou. A bola ainda desviou em Marí para vencer Diego Alves e estufar as redes.

Flamengo tenta dominar partida, mas sofre nos contra-ataques

A partir do gol sofrido, o Flamengo tentou ainda mais dominar a partida, mas a situação não estava nada fácil. O Al-Hilal manteve a postura agressiva mesmo em vantagem no placar, mas o Rubro-negro não conseguia aproveitar. Pelo contrário. Quem chegava com perigo eram os árabes.

Trio funciona, e Fla empata aos 3min do 2º tempo

Após uma atuação ruim no primeiro tempo, o Flamengo voltou diferente para a etapa final. O time precisou de apenas três minutos para conseguir o empate. Apagados até então o trio do Rubro-negro funcionou. Gabigol deu passe primoroso para Bruno Henrique, que deixou Arrascaeta, sem goleiro, para guardar: 1 a 1.

Em jogo equilibrado, Fla vira com Bruno Henrique

Ainda que sem uma grande atuação, o Flamengo jogou o necessário para conseguir a virada. Mais ofensivo, o time passou a ter chances, o que não ocorreu no primeiro tempo. Rafinha, muito mais acionado, participou dos dois gols. Na virada, cruzou na cabeça de Bruno Henrique, que se antecipou à zaga e fez o segundo do Rubro-negro: 2 a 1.

Fla define virada com gol contra quatro minutos após virar

O Flamengo não demorou a assegurar a vaga na final. Quatro minutos após a virada, Bruno Henrique voltou a ser decisivo. Ele entrou pela esquerda e cruzou para área. O zagueiro Al-Bulayhi tentou cortar, mas fez contra: 3 a 1.

FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 3 x 1 AL-HILAL

Data: 17/12/2019 (terça-feira)
Horário: 14h30 (de Brasília)
Local: Estádio Khalifa, em Doha (QAT)
Árbitro: Ismail Elfath (EUA)
Assistentes: Kyle Atkins (EUA), Corey Parker (EUA)
Árbitro de vídeo: Alan Kelly (IRL)
Cartões amarelos: Bruno Henrique, Pablo Marí, Diego (Flamengo); Giovinco, Al-Bulayhi, Al-Dawsari (Al-Hilal)
Cartões vermelhos: Carrillo, do Al-Hilal, aos 37 minutos do segundo tempo
Gols: Al-Dawsari, do Al-Hilal, aos 17 minutos do primeiro tempo; Arrascaeta, do Flamengo, aos 3 minutos do segundo tempo; Bruno Henrique, do Flamengo, aos 32 minutos do segundo tempo; Al-Bulayhi (contra), para o Flamengo, aos 36 minutos do segundo tempo

FLAMENGO: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Marí e Filipe Luís; Arão, Gerson (Diego), Everton Ribeiro e Arrascaeta (Piris); Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol. Técnico: Jorge Jesus

AL-HILAL: Al-Muaiouf; Al-Burayk, Jang Hyun-Soo, Al-Bulayhi e Al-Shahrani; Carlos Eduardo, Cuéllar, Carrillo e Al-Dawsari (Al-Abid); Giovinco (Khrbin) e Gomis (Otayf). Técnico: Razvan Lucescu