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Como saída de Perrella pode dificultar permanência de Orejuela no Cruzeiro

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

13/12/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Cruzeiro tem a preferência na compra de Orejuela, que está emprestado ao clube até o fim do ano
  • Para ficar com o jogador colombiano, clube terá que pagar R$6,8 milhões à vista para o Ajax-HOL
  • Ainda como gestor de futebol, Perrella convenceu antigos parceiros a ajudarem com o valor
  • Márcio Rodrigues, novo vice-presidente de futebol, terá a tarefa de reforçar a parceria e ficar com o lateral

Com os cofres vazios, o Cruzeiro pode ganhar uma nova dor de cabeça por causa da saída de Zezé Perrella, desligado do clube na manhã de ontem (12). A contratação em definitivo do lateral direito Orejuela, antes encaminhada, corre o risco de não ser concretizada, já que o aporte financeiro seria pago pela EMS, antiga parceira do clube durante os mandatos de Zezé.

Emprestado pelo Ajax para a temporada de 2019, Orejuela poderá permanecer em Minas Gerais se o Cruzeiro pagar 1,5 milhão de euro (cerca de R$ 6,8 milhões) à vista aos holandeses. Como as finanças da Raposa estão em péssimo estado, Perrella, ainda como gestor de futebol, recorreu ao parceiro de outros anos para desembolsar o montante neste mês de dezembro, o que ainda não aconteceu.

Agora, caberá a Márcio Rodrigues, novo vice-presidente de futebol, reforçar os laços com a empresa para manter a parceria e obter a ajuda para comprar o jogador. Se conseguir, Orejuela irá assinar um vínculo por cinco temporadas com o Cruzeiro. Do contrário, o jogador de 24 anos poderá ser negociado com outros clubes neste mercado da bola, inclusive do Brasil, já que o colombiano foi uma das gratas e poucas surpresas no Cruzeiro de 2019.

Reserva no início do ano, Orejuela mostrou um futebol convincente já nos primeiros jogos, ganhando a preferência do torcedor em relação ao titular Edilson. No meio do ano, o veterano se machucou, e o colombiano não saiu mais do time principal. No segundo semestre, foi um dos poucos jogadores que conseguiu despertar a admiração da torcida.

Na reta final do Brasileirão, marcou gols e acabou virando o melhor "atacante" e jogador do time, tanto na lateral quanto no meio. Sozinho, fez o que pôde, mas não conseguiu produzir o suficiente para evitar o rebaixamento celeste.