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Por que Santos "zica" River Plate pra ser cabeça de chave na Libertadores

Eder Traskini e Marcel Rizzo

Do UOL, em Santos e Fortaleza

11/12/2019 04h12

Os santistas têm um bom motivo para assistir à final da Copa da Argentina entre o River Plate e o pequeno Central Córdoba: a última vaga como cabeça de chave da Copa Libertadores da América de 2020. Caso o River seja derrotado pelo Central, o Santos herda o posto no sorteio dos grupos.

Isso porque o River só tem vaga assegurada na Pré-Libertadores por ter sido o quarto colocado na Superliga Argentina da temporada 2018-19, o que impossibilitaria o clube de ser cabeça de chave apesar de ser um dos primeiros no ranking da Conmebol. O título da Copa da Argentina dá vaga direta na fase de grupos e habilita o River ao posto de cabeça de chave.

A Conmebol utiliza um ranking de clubes que leva em consideração o desempenho nos últimos dez anos na Libertadores de forma decrescente: quanto mais recente a campanha no torneio, mais pontos ela vale. Além disso, há pontuação por coeficiente histórico na competição continental e bônus pela conquista dos campeonatos nacionais nos últimos 10 anos, também de forma decrescente.

No último ranking, o Peixe ocupava a oitava colocação, mas como não participou da última edição da Libertadores e não pontuou, terá seu total reduzido pela fórmula decrescente. Dessa forma, o Olímpia, do Paraguai, deve ultrapassar o Santos pela pontuação na última edição do torneio e bonificação pela conquista dos nacionais na temporada. O Cerro Porteño, também do Paraguai, é outro que ameaça o Peixe no ranking, mas disputará a fase preliminar e não pode ser cabeça de chave.

Assim, Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Nacional (URU), Peñarol (URU), Boca Juniors (ARG) e Olímpia (PAR) devem formar o pote 1 do sorteio ao lado do River Plate, se os argentino conquistarem a Copa, ou Santos, caso o Central derrube os atuais vice-campeões da Libertadores.

Sobre o Central Córdoba

O pequeno Central Córdoba foi sexto colocado na segunda divisão da Argentina e garantiu acesso à Superliga nos pênaltis ao bater o Sarmiento, líder da primeira fase mas que perdeu a final para o Arsenal de Sarandí, no 'Torneio Reduzido', disputado entre os nove primeiros colocados com exceção do campeão - que sai em jogo único entre primeiro e segundo colocados.

Será apenas a terceira vez em sua história que o Central Córdoba disputa a Superliga. As outras duas foram em 1967 e 1971. No caminho até a final da Copa da Argentina, torneio que reúne 87 equipes, o time de Santiago del Estero passou por Estudiantes de La Plata e Lanús, nas quartas e semifinais, respectivamente.

A final será disputada em jogo único, como as seis últimas das oito fases totais da competição, nesta sexta-feira (13) no estádio Malvinas Argentinas, em Mendoza, que tem capacidade para 40 mil pessoas e recebeu jogos da Copa do Mundo de 1978 e da Copa América de 2011.

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