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Em rede social, Celso Barros analisa ano e pede contratação de Ariel Holán

Celso Barros quer o argentino Ariel Holán como técnico do Fluminense em 2020 - FOTO DE LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE FC
Celso Barros quer o argentino Ariel Holán como técnico do Fluminense em 2020 Imagem: FOTO DE LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/12/2019 15h08

No dia seguinte ao fim do Campeonato Brasileiro, o vice-geral Celso Barros publicou uma análise da temporada de 2019 do Fluminense em suas redes sociais. Afastado do futebol, o dirigente falou em "alívio" pelo final de temporada com a classificação para a Copa Sul-Americana, mas ressaltou que o 14º lugar é "modestíssimo" e que o Tricolor precisa de criatividade, argumento que utilizou para defender a contratação do técnico argentino Ariel Holán, o preferido da torcida.

O Nosso Fluminense em 2019: Alívio. Parabéns. Necessidade de análises profundas. Planejamento 2020. Eu gostaria de cumprimentar a TODOS os colaboradores do Fluminense (Laranjeiras, Xerém e CT Profissional) que se empenharam para manter o clube na série A do Campeonato Brasileiro. Desde quando fui eleito, ao lado do Presidente, como Vice Presidente Geral, essa sempre foi a minha maior preocupação em relação ao campo. E não exponho isso agora, pelo contrário, deixei claro desde a nossa primeira coletiva no dia da vitória, em junho/19, assim como em outros momentos de reuniões junto à comissão técnica e jogadores. Tenho absoluta certeza que se não tivéssemos feito as mudanças - todas estas onde todos os responsáveis estiveram envolvidos - não teríamos sobrevivido. O aproveitamento depois da mudança inicial melhorou e nos fez permanecer na elite do Futebol Brasileiro. Aproveitando o alívio do momento, não comemoração pela colocação na tabela, acho importante esclarecer que alguns procuraram usar fatos como minhas falas (internas ou externas) para desgastar a imagem que tenho junto ao futebol do Fluminense. O momento em campo nunca deve ser político, porém o futebol brasileiro é bastante impactado por ela e avaliá-la faz-se necessário por todas as partes. Em qualquer gestão temos acertos e equívocos mas a omissão não faz parte da minha história e nunca fará - seja qual for a circunstância. O FLU é minha grande paixão e sei que ninguém duvida. É chegada a hora do planejamento para o próximo ano e como Vice Presidente Geral, estando ou não à frente do futebol, seguirei ativo. Por isso, acho importante deixar claro e avaliarmos uma das características que tornou-se um "hábito" nos últimos anos: me preocupa profundamente que após a saída da UNIMED em 2014 (quando ficamos na 6 colocação), de 2015 a 2019, estivemos sempre na segunda página da classificação, inclusive esse ano em que obtivemos a modestíssima 14 colocação na tabela. Como defendemos em nossa campanha, inclusive, o Fluminense não é um clube para estar nesta virada de tabela. Na década que se encerra agora (2010 a 2019)... (Parte2 nos coment) Face: http://abre.ai/ayfq

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Oferecido por empresários ao Flu, Holán ganhou campanha da torcida nas redes sociais. O argentino conversou com Celso Barros após a derrota para o Ceará, e encantou o dirigente. À época, entretanto, o presidente Mario Bittencourt se mostrou reticente e preferiu manter Marcão, que encerrou 2019 com 53% de aproveitamento em 17 de jogos (o que projetado para todo o Brasileirão, classificaria um clube à Libertadores).

Ariel Holán já deixou clara sua intenção de trabalhar no Brasil após ver o sucesso de estrangeiros como Jorge Jesus e Jorge Sampaoli no país nessa temporada. De estilo estudioso, o ex-técnico de hóquei sobre a grama levou o Independiente ao título da Copa Sul-Americana em 2017 sobre o arquirrival do Tricolor, o Flamengo.

Confira a publicação do dirigente na íntegra:

"O Nosso Fluminense em 2019: Alívio. Parabéns. Necessidade de análises profundas. Planejamento 2020.

Eu gostaria de cumprimentar a TODOS os colaboradores do Fluminense (Laranjeiras, Xerém e CT Profissional) que se empenharam para manter o clube na série A do Campeonato Brasileiro.

Desde quando fui eleito, ao lado do Presidente, como Vice-Presidente Geral, essa sempre foi a minha maior preocupação em relação ao campo. E não exponho isso agora, pelo contrário, deixei claro desde a nossa primeira coletiva no dia da vitória, em junho/19, assim como em outros momentos de reuniões junto à comissão técnica e jogadores. Tenho absoluta certeza que se não tivéssemos feito as mudanças - todas estas onde todos os responsáveis estiveram envolvidos - não teríamos sobrevivido. O aproveitamento depois da mudança inicial melhorou e nos fez permanecer na elite do Futebol Brasileiro.

Aproveitando o alívio do momento, e não comemoração pela colocação na tabela, acho importante esclarecer que alguns procuraram usar fatos como minhas falas (internas ou externas) para desgastar a imagem que tenho junto ao futebol do Fluminense. O momento em campo nunca deve ser político, porém o futebol brasileiro é bastante impactado por ela e avaliá-la faz-se necessário por todas as partes. Em qualquer gestão temos acertos e equívocos mas a omissão não faz parte da minha história e nunca fará - seja qual for a circunstância. O FLU é minha grande paixão e sei que ninguém duvida.

É chegada a hora do planejamento para o próximo ano e como Vice-Presidente Geral, estando ou não à frente do futebol, seguirei ativo. Por isso, acho importante deixar claro e avaliarmos uma das características que tornou-se um "hábito" nos últimos anos: me preocupa profundamente que após a saída da UNIMED em 2014 (quando ficamos na 6 colocação), de 2015 a 2019, estivemos sempre na segunda página da classificação, inclusive esse ano em que obtivemos a modestíssima 14 colocação na tabela. Como defendemos em nossa campanha, inclusive, o Fluminense não é um clube para estar nesta virada de tabela. Na década que se encerra agora (2010 a 2019), o Fluminense é um dos maiores vencedores do Brasileirão.

- Corinthians - 3 títulos;
- Fluminense - 2 títulos;
- Cruzeiro - 2 títulos
- Palmeiras - 2 títulos
- Flamengo - 1 título

Isso por si só já diz muito que temos aceitado muito pouco do fim de cada campeonato. Estamos entre os maiores da década. Gerações de torcedores nasceram vendo o FLU campeão graças às últimas conquistas. Não podemos deixar este orgulho morrer em nós torcedores. O Fluminense é maior do que todos nós e para isso precisamos mudar. Precisamos avaliar e voltar a escrever uma história vitoriosa.

Entendo que o momento financeiro do clube não é o mesmo do período que tivemos a UNIMED como patrocinadora e isso faz parte não apenas da realidade do nosso clube. Nem por isso, devemos achar que tudo pode e deve ser modesto. Tudo tem que ser feito de forma responsável, porém jamais pensando pequeno. Nestas situações de falta de verba a criatividade é o que fará diferença no resultado desportivo. Este é o nosso desafio: sermos criativos e termos coragem. Como o maior dos exemplos do que enxergo de criatividade e mudança de paradigma dentro do Flu é a minha predileção pela contratação de Ariel Holán para 2020, como todos já sabem. Muito já saiu na mídia e no momento que conversamos, extra oficialmente, ele tinha uma extrema motivação em vir para o Fluminense. Uma grande certeza que tenho é que o Fluminense Football Club precisa alçar por maiores ambições - sendo sempre responsável dentro e fora de campo.

Certamente há muito a ser feito para modernizarmos o futebol do FLU. Da minha parte na posição institucional que exerço estarei sempre à disposição do clube para colaborar no que for necessário e não pouparei esforços. ST"

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