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Ex-Atlético-MG vira 'Messias' na Coreia e protagoniza caso curioso com CR7

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

29/11/2019 18h45

Campeão da Copa do Brasil pelo Atlético-MG em 2014, Cesinha decolou no futebol. O atacante de 30 anos se encontrou no Daegu, da Coreia do Sul. Lá, se tornou Messias e protagonizou um caso com Cristiano Ronaldo.

Às vésperas do final da temporada, o atleta tem a chance de ser eleito o melhor jogador da liga local e explica, em entrevista ao UOL, por que se mudou para o país.

"Resolvi vir para Coreia porque era a chance em jogar fora do Brasil que eu tanto queria. Tinha certeza que com meu futebol poderia ter sucesso e me darem o valor que merecia. Graças a Deus isso aconteceu, me adaptei bem e tive sequências de jogos, o que me ajudou a ter sucesso", disse.

Apelidade de Messias no clube, o qual defende desde 2017, o ex-jogador do Galo explica o motivo do apelido:

"Quando cheguei no Daegu FC disse na minha primeira entrevista que queria fazer história aqui, deixar meu nome marcado na história do clube. Graças a Deus consegui aos poucos ganhar a confiança de todos do clube e da torcida que me aceitaram e me abraçaram com um carinho enorme. Logo no primeiro ano conseguimos o acesso, e com direito a gol , onde subimos para 1ª divisão. No ano seguinte com muita garra nos mantivemos na 1ª divisão, onde junto com meus companheiros pude fazer mais um grande campeonato. No 3º ano aqui ganhamos o primeiro título do clube: A FA CUP, que da vaga para Champions League do ano seguinte. Fiz uma ótima temporada, além de fazer gols nas duas finais da FA CUP, onde fui artilheiro e melhor jogador do campeonato. Foi aí onde surgiu a comparação com o Messias. Fiquei feliz com o carinho da torcida, mas deixo pra eles. Estou longe de ser considerado um messias", comentou.

Ele fala também sobre o dia em que enfrentou Cristiano Ronaldo pela Juventus. Na ocasião, a seleção do Campeonato Coreano enfrentou a equipe italiana.

"Essa parte da minha vida eu nunca irei esquecer. Foi um dia incrível e marcante. Quando soube que iria pra seleção da K-League, eu só pensava em fazer um gol no jogo e homenagea-lo. Era um sonho de criança. E graças a Deus aconteceu tudo isso. Fiz um excelente jogo e ao fazer o gol foi muito natural pra mim poder fazer a comemoração dele. No começo acho que o Ronaldo não gostou muito, mas depois pude conversar com ele e expliquei que era uma homenagem pois aqui na liga coreana eu fazia sua comemoração. E ele foi super simpático comigo, me disse que era um grande jogador e pra continuar nessa pegada que viria muitas coisas boas na minha vida. Pedi a camiseta dele e ele me deu no fim do jogo. Acho que nunca fiquei tão nervoso na vida quando estava com Ronaldo, só falava pra ele o quanto eu o admirava e era fã", concluiu.