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Após conflitos e protestos, Inter debate segurança no entorno do Beira-Rio

Torcida do Inter protestou após a vitória do último domingo, no Beira-Rio - Marinho Saldanha/UOL
Torcida do Inter protestou após a vitória do último domingo, no Beira-Rio Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

11/11/2019 17h11

Resumo da notícia

  • Em reunião, o Internacional tratará da segurança no Beira-Rio e seu entorno.
  • No último final de semana houve protesto de torcedores e até alguns conflitos com seguranças do clube.
  • O presidente Marcelo Medeiros irá conversar com diretores e demais membros do Conselho de Gestão.
  • Há uma sugestão do Ministério Público do RS para cercar o estádio.

O Internacional terá uma reunião entre diretores e Conselho de Gestão. Em pauta estará a segurança dos torcedores no estádio Beira-Rio. Depois dos protestos do último fim de semana, o presidente Marcelo Medeiros considera prioritário tratar do tema.

No sábado, torcedores protestaram no pátio do Beira-Rio. Como o local é aberto, não havia opção aos seguranças do clube para controlar o fluxo de pessoas. Houve conflito, segundo relatou o presidente do clube, com arremesso de objetos e agressões.

A Brigada Militar precisou ser chamada para garantir que não houvesse nenhuma invasão.

No domingo, durante o jogo contra o Fluminense, as organizadas novamente protestaram. Dessa vez sem violência, mas com gritos e xingamentos a dirigentes e jogadores. O grupo reagiu, lamentou, D'Alessandro utilizou a condição de ídolo para pediu aplausos e o clima mostrou-se tenso.

Medeiros quebrou protocolo e pediu para se manifestar depois da partida. Cobrou conduta das organizadas, anunciou que se reuniria com diretores e posteriormente até com líderes de torcida e quer garantir segurança no estádio.

Protestos violentos eram rotina em 2016 e 2017. Várias vezes o Beira-Rio foi palco de vandalismo, quebra-quebra e até furto de objetos das lojas do estádio. Neste ano, o fato mais grave ocorreu na derrota para o Athletico Paranaense na final da Copa do Brasil. Na ocasião, houve até um princípio de incêndio por um rojão ter sido arremessado contra o sistema de ar condicionado em um dos portões da casa vermelha.

Entre os temas debatidos há a possibilidade de cercar o estádio. A sugestão partiu do Ministério Público do Rio Grande do Sul, e contempla controlar quem entra e sai do local durante grandes eventos.

"Garantimos a segurança dos jogadores que treinavam, mas este tipo de manifestação não ajuda em nada. Não quero me alongar, mas o Tribunal de Justiça realizou um painel sobre violência em grandes eventos. Entre palestrantes, havia um sociólogo que trouxe uma figura importante no futebol de hoje. É o torcedor violento celebridade. Que invade treino, que bota faixa, que usa as redes sociais para se destacar como celebridade. Isso destoa do ambiente esportivo. Ele quer aparecer sendo violento. Não podemos deixar isso acontecer", afirmou o presidente do Inter.

Ainda segundo o presidente Medeiros, os responsáveis pelos atos do fim de semana foram identificados pelas câmeras de segurança do Beira-Rio e serão punidos.

O Colorado volta a campo no domingo para encarar o Corinthians, fora de casa.

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