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Diniz admite semana desastrosa e entende protesto de torcida do São Paulo

Danilo Lavieri e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

10/11/2019 19h11

O São Paulo perdeu mais uma vez no Morumbi, diante de sua torcida. Depois de ser derrotado pelo Fluminense, desta vez o Tricolor paulista foi superado pelo Athletico por 1 a 0, hoje (10), em sua casa, pelo Campeonato Brasileiro. O resultado deixou o time em uma situação complicada na disputa por uma vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores. O técnico Fernando Diniz reconheceu a semana desastrosa.

"Em termos de pontuação, foi uma semana desastrosa. O torcedor quer ganhar e a gente também. Agora, é ter frieza para saber o que foi o segundo tempo contra o Fluminense, o começo. Hoje, tivemos domínio e não conseguimos vencer. Não adianta jogar tudo no lixo. Para o que equipe almeja, foi desastrosa. Mas fizemos coisas boas e temos de melhorar na sequência", afirmou Diniz.

Com o revés, a torcida protestou na porta do Morumbi, pediu a saída do presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e do diretor executivo de futebol, Raí. Os jogadores e o treinador também foram alvos de xingamentos. Na próxima rodada, no sábado, fora de casa, o São Paulo tenta dar a volta por cima no clássico com o Santos.

"O São Paulo é um clube gigante e o torcedor tem paixão pela Libertadores. Torcedor tem todo o direito de protestar, quando você joga duas vezes em uma semana e perde dois jogos. É natural que vai protestar, tem de absorver isso naturalmente e trabalhar internamente", disse Diniz.

Confira as demais declarações do técnico na entrevista coletiva:

Time finaliza pouco

Estamos fazendo tudo o que podemos, damos confiança aos jogadores, treino de finalização. Não tem muito o que falar. O mais difícil é criar. Agora, é colocar para dentro. Não tem ansiedade, não criaríamos tanto se tivesse ansiedade. Jogadores estão confiantes para seguir.

Defesa

Levamos três gols e o Volpi não precisou fazer defesa nos jogos. A defesa tem comportamento muito bom. O Fluminense teve duas chances de fazer o gol. Hoje, a bola que foi no gol entrou. Claro que vamos ficar atentos, mas o comportamento não me preocupa. A defesa segue bem postada, oferecendo pouco perigo ao adversário. Já vem de outros trabalhos.

Garante vaga na Libertadores como fez Renato Gaúcho?

O Renato tem o jeito dele. Eu não sou assim. Vou trabalhar muito, incessantemente para que o time esteja na Libertadores. Tem dias em que ficamos no CT até 21h vendo vídeos.

Gols perdidos

É difícil saber a razão. Temos jogadores que fazem gol e por alguma razão a bola não está entrando. Precisamos melhorar a nossa efetividade.

Antony

Quando se tem um jogador como o Antony, é preciso saber usá-lo. Ele tem um jogo individual muito importante. Com a ausência dele, vamos mudar um pouco a característica do time. Não há ninguém tão agressivo por aquele lado. Vamos ganhar competitividade. Já jogamos sem ele e demos um jeito.

Coletivo ou individual

O problema é coletivo. Problema individual se faz da coletividade. Temos que melhorar, temos conseguido melhorar a produção do ataque, mas é preciso ser efetivo. Não estamos conseguindo colocar a bola para dentro do gol para vencer os jogos.

Resultado

Acredito que o resultado hoje não foi bom porque não fizemos o gol quando tivemos a chance. Não foi como no jogo contra o Fluminense. Equipe se portou bem e não ganhou. Não é jogando pior que vamos começar a ganhar. Precisamos caprichar nas finalizações. Cruzamentos com chance real de gol e não soubemos aproveitar. Amargamos a derrota em um lance infeliz.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O próximo adversário do São Paulo é o Santos, não o Palmeiras, como escrito antes

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