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Sheik reclama de "mentiras" e diz que não guarda mágoa do Corinthians

Emerson Sheik (à esquerda) pediu demissão ontem do cargo de coordenador de futebol - Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians
Emerson Sheik (à esquerda) pediu demissão ontem do cargo de coordenador de futebol Imagem: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Do UOL, em São Paulo

05/11/2019 14h42

Resumo da notícia

  • Emerson Sheik deu coletiva para se despedir como coordenador do Corinthians
  • Ex-jogador disse que aprendeu muito em 11 meses e que não guarda mágoa
  • Sheik reclamou de "mentiras" e "notícias falsas" sobre sua conduta no clube
  • Saída faz parte de reformulação interna que começou com demissão de Carille

O ex-jogador Emerson Sheik concedeu uma entrevista coletiva na tarde de hoje para se despedir do cargo de coordenador de futebol do Corinthians e reclamou do que chamou de "mentiras" e "notícias falsas" sobre seu trabalho no clube. Ele afirmou que pediu demissão por entender que não estava mais contribuindo com a equipe, e negou qualquer mágoa da diretoria.

"Não saio magoado de jeito nenhum, zero. Não foi da maneira que eu imaginava, o time não funcionou, isso é fato, todo mundo sabe muito bem disso. As cobranças começaram a aparecer, com o treinador, diretoria também, cobrança com atletas. É absolutamente normal isso no esporte. Em 11 meses como coordenador de futebol, certamente eu aprendi infinitamente mais do que em duas décadas como jogador", disse.

"Muitos profissionais aqui dentro têm família, filhos, mães, pais, irmãos, e às vezes uma informação errada... vocês não têm noção como magoa. Minha mãe me chamou a atenção, disse 'Filho, você está fazendo alguma coisa de errado?'. Meu filho perguntando isso para mim. Eu prego uma coisa dentro de casa e daqui a pouco estão saindo coisas completamente duvidosas sobre meu caráter. Não recebi isso bem", completou.

Na última sexta-feira (1), o UOL Esporte publicou que a conduta de Sheik no cargo de coordenador vinha causando incômodo na cúpula corintiana. Ele pediu demissão ontem, um dia depois da demissão do técnico Fábio Carille após a derrota por 4 a 1 para o Flamengo. Com ele, saíram os auxiliares técnicos Leandro Silva, o Cuca, e Fabinho, ex-volante do clube, o preparador físico Walmir Cruz e o analista de desempenho Denis Luup.

"Eu ouvi muitas coisas com meu nome, isso me irritou bastante. Eu fiquei preocupado porque tenho uma história linda no Corinthians como atleta, e eu garanto que não foram verdadeiras as informações. Eu posso garantir isso, o Duílio (diretor de futebol) está aqui para falar. Foram histórias criadas, não sei por quem, mas isso me incomodou bastante. Chegou ao ponto em que o torcedor veio à porta do CT com uma faixa com meu nome, pedindo minha saída, e eu nem jogando estava. Entendi que não estava colaborando mais, não estava da maneira como eu imaginava", afirmou Sheik.

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