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Jucilei fala sobre período longe do São Paulo: "Fui afastado injustamente"

Jucilei durante treino do Sao Paulo no CT Barra Funda - Marcello Zambrana/AGIF
Jucilei durante treino do Sao Paulo no CT Barra Funda Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

04/11/2019 13h18

Durante a pausa no Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa América, Jucilei foi afastado do São Paulo. O volante não fazia parte dos planos de Cuca, então técnico do Tricolor paulista. Por isso, fora liberado para negociar com outros clubes. O jogador não acertou com outra equipe e foi reintegrado por Fernando Diniz. Hoje (4), no CT da Barra Funda, o meio campista disse se considerar injustiçado por ter ficado um período longe do Morumbi.

"Contrato é sempre feito para ser cumprido. Estou aqui há dois anos, temos mais dois e espero cumprir. Não vou citar um culpado. Sei de uma coisa: fui afastado injustamente. Não sou um cara baladeiro, nem aquele que chega atrasado. Geralmente, quem faz uma cagada é afastado, e esse não é o meu caso. Agora é página virada. Estou muito feliz pela recepção, dos jogadores, da diretoria, de todos, desde a portaria ao presidente", disse Jucilei.

Nesse período afastado, o volante trabalhou no Rio de Janeiro, com a ajuda do preparador físico particular. Na época, chegou até a esvaziar o seu armário no CT da Barra Funda. Neste sábado, ele disputou a sua primeira partida com a camisa do Tricolor.

"Estou me sentindo bem. Peguei um personal. Treinei na praia e joguei futevôlei, algo que dá uma boa condição física. Pude fazer dois períodos e estou preparado. São oito rodadas decisivas. Sabemos que nosso objetivo é a vaga na fase de grupos da Libertadores. Vamos em busca disso", completou o volante.

Confira a entrevista de Jucilei:

Retorno

Não entendendo como reviravolta, mas como uma proposta de Deus. Passei por momento difícil do São Paulo. Estava com bastante saudade, e às vezes a gente não entende os propósitos da nossa vida. Graças a Deus estou de volta e disposto a agarrar essa chance.

Diniz

Fernando Diniz já vinha aqui na época do Dorival, me acompanhava, tive a oportunidade de conversar duas ou três vezes com ele, ele me elogiava bastante, também encontrei com ele no aeroporto, eu estava aqui no São Paulo e ele no Fluminense, e ele falou que a gente ainda teria a oportunidade de trabalhar juntos. Agora estou tendo essa oportunidade. É um cara que tem me dado bastante força, sou muito grato a Deus e a ele. Se não fosse o Diniz talvez eu poderia não estar aqui, porque se ele fala que não queria, seria mais um imbróglio, mais uma confusão, eu tenho mais dois anos de contrato, seria um negócio que não faria bem para ambas as partes. Estou muito feliz neste retorno, grato ao Diniz por essa nova oportunidade.

Mais magro?

Estou bem. Estou muito bem fisicamente e espero continuar assim.

Aposentadoria no São Paulo

O que nós falamos temos de cumprir. Quero me aposentar no São Paulo. Estava treinando bem, só que futebol em time grande é resultado. Sei como funciona. Sou muito experiente. Se você ganha dez partidas é o melhor. Se você começa a tomar uma pancadinha... Fomos eliminados da pré-Libertadores. Foi muito ruim para nós jogadores. Então começam apontar culpado: "foi fulano, beltrano, o Jucilei isso, o Jucilei está gordo, o Jucilei aquilo". Aconteceu com Sidão, Rodrigo Caio. Sempre vão achar um culpado. Mas a torcida é paixão. Entendo lado deles. É zoação. Quando perde um jogo ficam doidos e querem achar um culpado. Mas também vivi isso e sei como é a torcida do São Paulo. Colocou mais de 20 mil pessoas em um treino, quando estava em situação difícil botaram 60 mil contra o Cruzeiro às 11h. Sei como funciona e agora é buscar o objetivo.

Estilo de jogo

Tenho a característica do passe, gosto de achar passe e de virar bola. É algo que tenho comigo. Fico muito feliz [elogios de Diniz], pois elogios são sempre bons, mas internamente tem cobrança e sabemos que temos de melhorar.

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