Final da Libertadores depende da volta do futebol do Chile, diz autoridade
O intendente responsável por governar a região metropolitana de Santiago, Felipe Guevara, declarou hoje que o Chile só poderá receber a final da Libertadores entre Flamengo e River Plate depois que o futebol local estiver com suas atividades retomadas.
O Campeonato Chileno está paralisado há três semanas, desde o começo dos protestos na capital. A final da Libertadores está marcada para o dia 23 de novembro.
"O Chile tentará retomar seu campeonato nacional, é a prioridade. Uma vez que isso possa ser feito, e que conseguiremos realizar partidas de alto risco, estaremos em condições de manter a sede da final", declarou para a rádio Continental. "Se não formos capazes de fazer o torneio nacional, seria irresponsável fazer a final da Copa Libertadores".
"O desejo é jogar em Santiago. Se não conseguirmos organizar e produzir o futebol nacional, esqueça algo internacional. A decisão é da Conmebol. Oferecemos a disposição de dar ao governo garantias de que ela pode ser decidida em paz", afirmou.
A Conmebol convocou clubes e confederações envolvidas na final da Libertadores para uma reunião para amanhã, em Assunção (Paraguai). Na pauta, uma "revisão" sobre a organização o jogo único marcado para o próximo dia 23, em Santiago. Fora do cronograma inicial, o encontro organizado às pressas ligou o sinal de alerta nos convidados
Após semanas garantindo a partida em solo chileno e contando com o respaldo do governo local, a confederação sul-americana resolveu reunir todos os envolvidos para uma "decisão final", como alguns convidados definiram.
Pelo lado brasileiro, marcarão presença o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o presidente da CBF, Rogério Caboclo. Representantes de River Plate, federação argentina e federação chilena completarão a reunião na Conmebol.
O Flamengo não vê com bons olhos uma mudança de palco, especialmente pelas poucas opções disponíveis. Um dos cenários cogitados seria a troca para Montevidéu (URU), mas o Fla entende que isso favoreceria o deslocamento de argentinos ainda mais. Esse cenário, no entanto, seria inviável, já que o país vizinho terá eleição presidencial um dia após o jogo.
Assunção (PAR) é uma outra alternativa, mas a cidade já receberá a decisão da Copa Sul-Americana. Lima (PER) tentou sediar a decisão, mas os peruanos estão sem prestígio político desde que não conseguiram cumprir à risca e cronograma e tiveram de "passar" para o Brasil a organização da Copa do Mundo Sub-17. A hipótese de duas partidas está descartada, assim como a realização da finalíssima fora da América do Sul.
O supervisor Gabriel Skinner já esteve na capital chilena e repassou um relatório detalhado sobre instalações de treino e acomodações. Todas as rotas foram feitas pelo representante rubro-negro, que encontrou condições satisfatórias.
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