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Flamengo "vira" Corinthians e clássico marca troca de papéis de rivais

Júnior Urso e Bruno Henrique disputam bola durante Flamengo x Corinthians - Alexandre Vidal / Flamengo
Júnior Urso e Bruno Henrique disputam bola durante Flamengo x Corinthians Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

03/11/2019 04h00

Ao passo que o Flamengo vivia época de vacas magras e iniciava o trabalho de saneamento do clube, o Corinthians saboreava um período de hegemonia que o Fla tenta tomar para si agora.

Rivais deste domingo (3), às 16h, no Maracanã, rubro-negros e alvinegros duelam em campo em um clássico que tem o significado de uma "passagem de bastão". Com os cariocas na liderança do Brasileiro e na final da Libertadores, a expectativa na Gávea é a de dar um pontapé inicial para o domínio, papel exercido há pouco tempo pelo adversário.

De 2012 para cá, a supremacia corintiana é grande em relação ao rival. Enquanto o Fla levantou apenas a Copa do Brasil, os alvinegros foram campeões da Libertadores, do Mundial, da Recopa e de dois Brasileiros.

Tamanho sucesso resultou em ameaça ao Flamengo, que viu seu principal adversário no âmbito comercial ganhar força. A cúpula rubro-negra, no entanto, seguiu firme na política de apertar os cintos e o jogo dá indícios de que pode virar esse ano.

Com a casa arrumada, o clube teve poder de fogo para contratar nomes como Gabigol, Rafinha, Gerson, Arrascaeta e Filipe Luís. O clube paulista, por sua vez, fez investimentos mais tímidos e vive crise técnica, com o treinador Fábio Carille ameaçado de queda,

Os momentos opostos não se limitam apenas ao gramado. Nas contas, a goleada é carioca. De acordo com balancete apresentado em agosto de 2019, o Corinthians apresentava déficit acumulado de R$ 100 milhões nos sete primeiros meses do ano. No Flamengo, o superávit foi de R$ 74,7 milhões até o final de setembro.

O clube paulista vê suas receitas comprometidas pela conta da Arena Corinthians, que consome toda a receita de bilheteria obtida. Sem essa receita e com contas vencendo, a situação é mais asfixiante que a do Rubro-Negro, que já faturou R$ 65,3 milhões com este item em 2019.

Diferentes em campo e fora dele, os clubes mais populares do país medem forças dentro das quatro linhas. Mesmo em situações distintas, o clássico pode igualar as forças dos dois gigantes.