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Ganso é vaiado pela 2ª vez e vive momento de questionamento no Flu

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/10/2019 04h00

Paulo Henrique Ganso chegou como uma das contratações mais badaladas do Fluminense nos últimos anos. Em campo, no entanto, suas atuações não corresponderam às expectativas criadas pelos tricolores. Após uma sequência de partidas de pouco brilho, a paciência com o camisa 10 se esgotou. Ele passou a ser vaiado pela torcida nos últimos dois jogos nas derrotas para Athletico-PR e Flamengo, no Maracanã.

Em um time que luta na parte de baixo da tabela, vaiar Ganso pode soar um tanto quanto esquisito. O time precisa de todo e qualquer talento disponível. Os fatos, no entanto, dificilmente vão contrariar a torcida do Fluminense. Ganso veste a camisa 10, mas tem tido pouca participação nas jogadas ofensivas da equipe. Prova disso é que ele ainda não conseguiu dar uma assistência e marcou apenas duas vezes no Brasileiro - vive jejum de sete jogos.

Outros números enfatizam ainda mais a pouca participação de Ganso em jogadas de ataque. Segundo dados do Footstats, ele teve apenas uma finalização certa nos últimos cinco jogos do Fluminense. Na competição, ele tem uma média de apenas um passe para finalização de um companheiro.

Ganso disse recentemente que tem corrido e ajudado o sistema defensivo. Isso tem ocorrido. O problema é que a marcação está longe de ser o ponto forte do jogador. Mesmo se empenhando na defesa, ele só consegue uma média de uma roubada de bola por jogo.

Isso sem contar situações de jogo que os números não registram com precisão, como velocidade e cadência de jogo.

Vale ressaltar também que o comportamento de Ganso pode estar influenciando nas vaias. O desempenho do jogador é o mesmo de antes, mas somente após o bate-boca com o então técnico Oswaldo de Oliveira é que o camisa 10 passou a ser perseguido pelos tricolores.

"Nenê e Ganso são grandes jogadores e vão nos ajudar, mas em algum momento vão sair. Ninguém gosta, mas temos que pensar na equipe. É uma coisa normal. Temos que pensar sempre na equipe, no melhor para a equipe. Eles entendem. Na hora, com cabeça quente, faz parte. Depois, com calma, a gente conversa tranquilo", disse Marcão após derrota para o Flamengo.

Com o revés, o Fluminense se mantém com 29 pontos e agora vê a distância para a zona de rebaixamento cair consideravelmente. O Ceará, que joga nesta segunda, é o primeiro time na degola, com 26. O Tricolor volta a campo no sábado, quando recebe a Chapecoense, no Maracanã.

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