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A bola não chega? Qual é o problema do jejum de Uribe no Santos

Fernando Uribe, centroavante do Santos - Ivan Storti/Santos FC
Fernando Uribe, centroavante do Santos Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

15/10/2019 04h00

O Santos anunciou o centroavante Fernando Uribe com pompa. O camisa 9 tão aguardado pelo torcedor e ainda mais requisitado pelo técnico Jorge Sampaoli finalmente chegara. No entanto, um turno após a estreia do colombiano, Uribe ainda não marcou com a camisa do Peixe.

Foram 11 jogos com a camisa alvinegra até aqui, nenhum gol e nenhuma assistência. O atacante fez sua estreia no primeiro turno do Brasileirão contra o Ceará, próximo adversário do Santos, nesta quinta-feira, às 19h15, na Vila Belmiro, mais de quatro meses atrás.

Algo explica o jejum do colombiano pelo Peixe? O UOL Esporte levantou dados para verificar a questão. Segundo o "Footstats", Uribe tem nove finalizações no Brasileirão, sendo apenas três no gol, um aproveitamento de 33%. Entre os atacantes, o número só é superior ao de Derlis González, 22%, mas fica atrás dos 42% de Sasha e também dos 37% de Marinho e 36% de Soteldo, por exemplo.

O colombiano teve menos oportunidades, é verdade, e alguns dizem que a bola não está chegando para ele. Os dados, no entanto, mostram que a diferença é baixa. Enquanto Uribe precisa de 46 minutos para finalizar, Sasha precisa 38, Marinho de 25 e Soteldo de 43. Apenas Derlis leva mais minutos para chutar a gol: 65.

Quando esses dados são comparados com outros atacantes atuando no Campeonato Brasileiro, Uribe fica bem atrás em um quesito importante: gols. Enquanto o colombiano não marcou nenhum, pelo menos 17 atacantes da Série A precisam do mesmo número de minutos ou mais para finalizar e já balançaram as redes, somados, 57 vezes no torneio nacional.

Cinco deles conseguem uma finalização a cada 40 minutos, em média: Marcelo Cirino, Deyverson, Mauro Boselli, Alecsandro e Pablo. O atacante do Athletico, que vem atuando centralizado, marcou seis vezes. Boselli, que recentemente falou sobre a falta de chances de finalizar no jogo, fez quatro.

Subindo um degrau, outros oito atacantes levam mais de 50 minutos para conseguirem uma finalização e, mesmo assim, conseguiram balançar as redes. Fred e Pedro Rocha (ambos do Cruzeiro), Marco Ruben (Athletico), Diego Tardelli, André e Felipe Vizeu (todos do Grêmio), Willian (do Palmeiras), e Ricardo Bueno (CSA). Somados, os oito foram às redes 23 vezes.

Outros quatro atacantes tem a vida ainda mais difícil: conseguem uma finalização a cada 68 minutos, em média, mas o número de gols é alto. Luiz Adriano (Palmeiras), Diego Souza (Botafogo), e Vágner Love (Corinthians), marcaram cinco vezes cada. Brenner (Avaí), fecha a lista com dois gols.

Assim, é verdadeiro dizer que a bola chega menos para Uribe do que para Eduardo Sasha, na comparação entre os atacantes do Santos, mas os exemplos de outros times do Campeonato Brasileiro mostram que é possível fazer mais do que o colombiano contratado por cerca de R$ 5 milhões vem fazendo.

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