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Laterais e artilheiro do Brasil são focos de Tite em amistosos da seleção

Tite comanda treino da seleção em Cingapura pensando em amistosos contra times africanos - Pedro Martins/Mowa Press
Tite comanda treino da seleção em Cingapura pensando em amistosos contra times africanos
Imagem: Pedro Martins/Mowa Press

Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

08/10/2019 14h00

A espinha dorsal da seleção brasileira convocada para os amistosos desta quinta, às 9h (de Brasília), diante de Senegal, e do domingo, diante da Nigéria, ambos em Cingapura, é composta por nomes já consolidados ao longo do trabalho de Tite. Há, entretanto, dentre os 23 jogadores, cinco nomes que não fazem parte do grupo habitual do treinador brasileiro, e serão os principais focos de observação ao longo do período de treinamento e das duas partidas.

Três dos jogadores que estarão sob olhares atentos de Tite ainda não vestiram a camisa da seleção principal. É o caso de Marcinho, Renan Lodi e Matheus Henrique. Rodrigo Caio e Gabigol são mais experientes, vivem ótima fase no Flamengo, mas não tem espaço cativo nas convocações.

Renovação nas laterais é desafio de Tite desde o pós-Copa

Renan Lodi, lateral esquerdo da seleção brasileira - Pedro Martins/Mowa Press - Pedro Martins/Mowa Press
Imagem: Pedro Martins/Mowa Press

Em conversas com pessoas próximas, Tite não esconde que renovar as laterais é um dos seus maiores desafios para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar. Isso é especialmente verdadeiro do lado direito: Dani Alves, seu titular, tem 36 anos. Pensando em testar atletas mais jovens, Tite optou por não chamar Fagner (30 anos) ou Rafinha (34 anos). Com a lesão de Danilo, reserva imediato de Dani, a decisão foi de testar Marcinho, do Botafogo, de 23 anos.

Atacante de origem, o jogador já é alvo de observações da comissão técnica brasileira desde o ano passado. Em Cingapura, será visto de perto e terá a oportunidade de impressionar e aumentar o leque de opções para 2022.

Do lado esquerdo, Renan Lodi vive situação parecida, com o diferencial de já vestir a camisa de um time grande europeu e ser mais conhecido pelos torcedores. No setor, o veterano Filipe Luís tem a confiança de Tite, e Alex Sandro, da Juventus, vem consolidando seu espaço. Para os dois amistosos desta semana, Tite optou por deixar o flamenguista de fora da lista. Desde a Copa do Mundo, Marcelo, do Real Madrid, perdeu espaço na seleção. Lodi tem a missão de impressionar a comissão para se tornar uma opção mais jovem para o setor.

Gabriel, atacante do Flamengo e da seleção brasileira - Pedro Martins/Mowa Press - Pedro Martins/Mowa Press
Imagem: Pedro Martins/Mowa Press

Artilheiro no Brasil, Gabigol vence resistência e é convocado

Longe da seleção brasileira desde 2016, Gabriel Barbosa finalmente voltou a ser convocado. Os 18 gols no Campeonato Brasileiro foram suficientes para vencer a resistência da comissão técnica, mas o atacante terá que mostrar serviço e uma mudança de postura para permanecer nas próximas convocações e brigar por uma vaga no Qatar.

Problemas de obediência tática e descontentamento com a reserva deixaram uma má impressão de Gabigol na seleção brasileira em 2016. A relutância em acompanhar laterais adversários e cara fechada no banco de reservas contribuíram para manter o atacante longe da camisa amarela por três anos. Em Cingapura, o artilheiro brasileiro estará sob olhar atento dentro e fora das quatros linhas.

Rodrigo Caio também retorna, e Matheus Henrique recebe chance

Além dos laterais e de Gabigol, Tite também decidiu voltar a testar Rodrigo Caio. Ao contrário do acontece com o atacante flamenguista, o treinador sempre foi fã do zagueiro, em quem enxerga qualidades pessoais de liderança e postura. Com a camisa rubro negra, na visão da comissão técnica brasileira, Rodrigo recuperou um futebol de alto nível que o credenciou a ser convocado.

No meio de campo, os olhares da comissão também estarão sobre Matheus Henrique. O gremista de 21 anos é visto por Tite como um jogador capaz de iniciar a articulação no meio campo, com boa mobilidade e qualidade no passe.