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Brasileirão - 2019

Athletico diz que Ouvidoria da CBF reconheceu erro em pênalti contra Santos

Marcello De Vico

Do UOL, em Santos (SP)

02/10/2019 14h08Atualizada em 02/10/2019 15h15

Resumo da notícia

  • Athletico disse que Ouvidoria de Arbitragem reconheceu erro em jogo contra o Santos
  • No jogo, árbitro marcou pênalti com auxílio do VAR após Marinho cair dentro da área
  • Sanchez converteu o pênalti, e Santos empatou o jogo por 1 a 1 já nos acréscimos
  • Ouvidoria ressaltou, porém, que não cabe a ela punir os responsáveis pelo erro

O Athletico Paranaense divulgou uma nota hoje (2) informando que a Ouvidoria de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reconheceu o erro de fato da arbitragem no empate por 1 a 1 contra o Santos, dia 8 de setembro, na Vila Belmiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Para o parecer, assinado por Manoel Serapião Filho e enviado ao Athletico na última segunda-feira (30), o pênalti convertido por Carlos Sanchez aos 45min do segundo tempo e que impediu a derrota do Santos foi marcado incorretamente.

No lance em questão, Marinho recebeu lançamento de Pará, matou no peito, invadiu a área e caiu após contato com Braian Romer. Após auxílio do VAR, o árbitro da partida, Rodrigo Carvalhaes de Miranda, assinalou a penalidade máxima.

O Athletico Paranaense encaminhou ofício à ouvidoria no dia 9 de setembro, um dia após o jogo. No documento, o clube 'solicitou a liberação do áudio da cabine do VAR na Vila Belmiro referente a erro claro da arbitragem na marcação do pênalti e que o árbitro e o VAR fossem repreendidos, suspensos ou, no mínimo, advertidos', diz a nota do Athletico.

"Para a Ouvidora, aconteceu um erro de fato na marcação do pênalti no jogo contra o Santos, pois o contato entre os jogadores sobre a linha da área, que foi analisado pela arbitragem, não pode ser confirmado pelas imagens. Dessa forma, a prova é inexistente, o que impede que a penalidade seja assinalada. "Penalidade máxima baseada em existência de fato exige a correspondente prova, que não pode ser suposta"", acrescenta o comunicado.

De acordo com o Athletico, a Ouvidoria alegou ainda que não haveria necessidade de o juiz revisar o lance e disse que não cabe a ela punir os responsáveis pela arbitragem do jogo.

"O parecer também observa que, a rigor, nem haveria a necessidade de o árbitro de campo revisar o lance. A checagem deveria ser feita exclusivamente para confirmar o local da falta e se o contato ocorreu. Sobre a punição aos árbitros, o documento afirma que a competência da Ouvidoria é de assessoramento técnico à Comissão, à Escola e ao Departamento de Arbitragem da CBF. Com isso, não tem legitimidade de recomendar punições", diz a nota.

Procurado pelo UOL Esporte, Leonardo Gaciba, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, preferiu não adiantar se haverá algum tipo de punição aos envolvidos na arbitragem do jogo. "Assunto interno", disse.

LEIA A NOTA COMPLETA DO ATHLETICO

A Ouvidoria de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol reconheceu o erro de fato da arbitragem na partida diante do Santos, no dia 8 de setembro, na Vila Belmiro. Para o parecer, assinado por Manoel Serapião Filho e enviado ao Clube na última segunda-feira (30), o pênalti que impediu a vitória athleticana em Santos (SP) foi marcado incorretamente.

O Athletico Paranaense encaminhou ofício à ouvidoria no dia 9 de setembro, um dia após o jogo. No documento, o Clube solicitou a liberação do áudio da cabine do VAR na Vila Belmiro referente a erro claro da arbitragem na marcação do pênalti e que o árbitro e o VAR fossem repreendidos, suspensos ou, no mínimo, advertidos.

Para a Ouvidora, aconteceu um erro de fato na marcação do pênalti no jogo contra o Santos, pois o contato entre os jogadores sobre a linha da área, que foi analisado pela arbitragem, não pode ser confirmado pelas imagens. Dessa forma, a prova é inexistente, o que impede que a penalidade seja assinalada. "Penalidade máxima baseada em existência de fato exige a correspondente prova, que não pode ser suposta", afirma.

O parecer também observa que, a rigor, nem haveria a necessidade do árbitro de campo revisar o lance. A checagem deveria ser feita exclusivamente para confirmar o local da falta e se o contato ocorreu.

Sobre a punição aos árbitros, o documento afirma que a competência da Ouvidoria é de assessoramento técnico à Comissão, à Escola e ao Departamento de Arbitragem da CBF. Com isso, não tem legitimidade de recomendar punições.

Além disso, o parecer destacou o indiscutível direito do Clube de receber o áudio do VAR. Dessa forma, repassou o documento ao líder e ao gerente do projeto do VAR da Confederação Brasileira de Futebol para que o pedido seja atendido.

No ofício enviado à CBF, o Athletico também questionou o fato da entidade ter divulgado áudios do VAR no programa "Bem Amigos!", do SporTV, entidade não legitimada para tal, e de não ter enviado ao CAP os áudios da partida contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. Em relação a isso, a Ouvidoria concluiu que a ação foi positiva, diante do início da utilização do árbitro de vídeo no país e do princípio de transparência da gestão da Confederação Brasileira de Futebol.